"Missão cumprida", garantiu George W. Bush em 2003, no Iraque, a bordo do porta-aviões Abraham Lincoln, e estava bem longe de estar. Qualquer sugestão de que, na crise na Zona Euro, o pior já passou, como pretenderam fazer crer alguns líderes europeus durante o seu discurso de Ano Novo, é, para os correspondentes do Washington Post, em Londres e Paris, num artigo publicado hoje - Mais um ano de recessão brutal em Itália, Espanha e Grécia (Portugal parece ser pequeno demais para ser mencionado), com a Alemanha e França vulneráveis a um crescimento débil ou a estagnação previsivelmente falhada como aquela proclamação de GW Bush.
Os jornalistas do WP resumem no seu trabalho o sentimento que neste início de 2013 parece consensual entre a maioria dos economistas europeus, e destacam a expectativa que rodeiam as eleições na Itália e, sobretudo, na Alemanha, para além dos riscos, que podem antecipar-se, que susbsistem ameaçadores sobre a Grécia e os que podem agravar-se Espanha.
Num aspecto, contudo, a identificação com George W. Bush apontada pelos correspondentes do WP não colhe: Merkel, a comandante da frota, não considera a batalha ganha e avisou a navegação que a Europa tem ainda uma longa distância a percorrer pela frente para recuperar o crescimento económico. "As reformas que decidimos fazer estão a começar a produzir resultados. Mas precisamos de muita paciência. A crise está longe de estar ultrapassada."
O discurso de Merkel, dirigido aos alemães, e essencialmente para consumo interno, não pode ter outra leitura por parte dos não alemães e, sobretudo, dos europeus do sul. Mas se ele serve a estratégia de Merkel relativamente aos seus eleitores, não responde às dúvidas que alastram por toda a União Europeia acerca de uma política que cada vez se mostra mais inadequada para resolver a rise e salvar o euro e a União Europeia. E que não se resolve com discursos de circunstância dos lideres do sul.
Os jornalistas do WP resumem no seu trabalho o sentimento que neste início de 2013 parece consensual entre a maioria dos economistas europeus, e destacam a expectativa que rodeiam as eleições na Itália e, sobretudo, na Alemanha, para além dos riscos, que podem antecipar-se, que susbsistem ameaçadores sobre a Grécia e os que podem agravar-se Espanha.
Num aspecto, contudo, a identificação com George W. Bush apontada pelos correspondentes do WP não colhe: Merkel, a comandante da frota, não considera a batalha ganha e avisou a navegação que a Europa tem ainda uma longa distância a percorrer pela frente para recuperar o crescimento económico. "As reformas que decidimos fazer estão a começar a produzir resultados. Mas precisamos de muita paciência. A crise está longe de estar ultrapassada."
O discurso de Merkel, dirigido aos alemães, e essencialmente para consumo interno, não pode ter outra leitura por parte dos não alemães e, sobretudo, dos europeus do sul. Mas se ele serve a estratégia de Merkel relativamente aos seus eleitores, não responde às dúvidas que alastram por toda a União Europeia acerca de uma política que cada vez se mostra mais inadequada para resolver a rise e salvar o euro e a União Europeia. E que não se resolve com discursos de circunstância dos lideres do sul.
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