Thursday, September 01, 2011

ÀS DE PAUS

É ela, evidentemente. Dizem estes e dizem muitos outros.

Angela Merkel já tinha sido considerada a mulher mais poderosa do planeta pela Forbes (Hillary Clinton, a segunda, Dilma Rousseff, a terceira), não haverá muitos portugueses que não concordem que é ela quem mais influencia a economia portuguesa; haverá, no entanto, muitíssimos portugueses que não sabem quem é Merkel, mas esse já é outro aspecto da questão.

Como referi ontem a propósito do nosso Rei Momo, resta-nos o lenitivo de a Angela ser também a mais poderosa em Espanha, Itália, Grécia, Irlanda, e, com mais ou menos relevância em todos os países da União Europeia, e, particularmente, dos membros da zona euro.

A União Europeia, já é fastidioso dizê-lo, precisa de uma liderança forte se não quiser desmantelar-se a médio prazo. Durão Barroso ou (como é que ele se chama?) Van Rompuy não têm poderes nem legitimidade democrática para desempenhar uma função que nem sequer existe.

A Merkel (ou seja quem for) falta juntar a capacidade de facto a legitimidade democrática. Trata-se, sem dúvida, de um passo (ou de um parto) díficil. Mas que tem de ser dado. Caso contrário, mais terde ou mais cedo, adeus União Europeia!

4 comments:

aix said...

É triste que tantos se deixem dominar (porque seduzir me parece impossível) por uma feia, gorda e, além do mais, xenófoba Angela, que tem mais de diabólico do que de angélico.E seria tão simples…era os povos da faixa norte mediterrânica constituírem um bloco unido para enfrentar a que os procura dominar pela razão da força. Mas esta França…

rui fonseca said...

Viva Francisco!

A Angela não é assim tão feia, nem assim tão gorda, nem assim tão diabólica. Também não me consta que seja xenófoba. Ou estou mal informado?

Imagina, caro Francisco, que os povos da faixa norte do mediterrâneo se uniam num blo unido. O que faziam?
Uma União Europeia do Sul?

Se é isso, é isso que o ex-presidente da Federação das Indústrias Alemãs advoga.

Leste o meu apontamento: "O toque dos estremos"? Que me dizes?

Abç

aix said...

Quanto à entrada ‘O toque dos extremos’ o que diz (escreve) Henkel é, quanto a mim, pura manifestação xenófoba, tal como a Angela ao tirar proveito para o seu País da crise grega (juros bancários). O pensamento da Merkl é alemão não é europeu. E pelo menos do que tenho ouvido nos comentários televisivos de João Ferreira do Amaral não deduzo que tenha ideias neo-liberais (no sentido económico).
Quanto à ideia (não só minha) de unidade de ação dos povos da faixa norte do Mediterrâneo (vulgo Sul da Europa) ela não é no sentido segregacionista, antes pelo contrário, porque sou
convictamente europeísta,vai
no sentido de esses povos se constituírem como força capaz de enfrentar os que, como Merkl, sobretudo em épocas de crise, contrariam os ideais nobres,
generosos e solidários dos que pensaram (e criaram) a UE, muito para além da CEE, que é nos termos em que a pensa a Merkl.
Quanto à fealdade e gordura da Srª admito que é um mero parecer subjectivo até porque há gorduras bonitas (e há o ‘quem o feio ama…’). Agora o que, meu caro Rui, nunca conseguirás (embora sejas de argumentos muito convincentes) é pôr-me do lado do pensamento (e da ação) da Merkl ou daqueles que mais contribuem para entravar do que para fortalecer o espírito e a concretização de uma ‘Europa unida’.

rui fonseca said...

Mas meu caro Francisco eu não pretendo por-te do lado da Merkel, lado onde, aliás,também não me encontrarás. O que eu disse foi que o Henkel propõe a saída da Alemanha, Holanda e mais uns quantos do Norte e, com essa proposta, quer chegar onde o J F Amaral propõe que se chegue, pelo outro lado: que sejamos nós a sair.

O que eu penso, e tenho escrito isso várias vezes, é que os grandes culpados foram e continuam a ser os banqueiros. Aos políticos tem faltado, contudo, vontade para lhes cortarem as asas.

Seria preciso que Europeus e norte-americanos, e não só, se pusessem de acordo para o efeito. É esse problema.

Agora o que não podemos negar é que quem manda efectivamente, por enquanto, na economia portuguesa é Merkel. Não só cá.

O que não seria mau se esse poder tivesse fundações democráticas (dela ou doutro), e não tem.

Mas a questão pode esclarecer-se doutro modo: O que poderia fazer um grupo de países do Sul, incluindo a França, nestas circunstâncias se se organizasse como grupo de pressão dentro da UE?

Sabes? Eu não sei.

Abç

PS - Quando é que vamos almoçar?