Friday, September 09, 2011

A PROPÓSITO DOS 10 ANOS DO 11 DE SETEMBRO

Publicidade gratuita ao terrorismo, não, obrigado.

Discordo que o não silêncio seja, neste caso, comparável com o mediatismo dado a crimes de outra natureza, geralmente perpretados por loucos à solta. Porque não se trata de promover mediticamente um crime mas de relembrar que os terroristas continuam, difarçadamentem, na sombra, a montar as acções com que pretendem dominar o mundo e impor as suas leis obscurantistas.

Nada justifica, no entanto, por exemplo, a deslocação de uma equipa da RTP a Nova Iorque para realizar a transmissão em directo do "Antena Aberta" da  manhã de hoje a partir de lá. É simplesmente ridículo, e oneroso para os contribuintes portugueses,  que uns pândegos embarquem de armas e bagagens para os EUA para ouvirem e retransmitirem pelo telefone aqueles que, em Portugal, ligam para o programa de uma estação de rádio portuguesa pública.  

Mas concordo que o espectáculo mediático montado à volta de actos criminosos é geralmente nauseabundo, coloca os criminosos no centro do palco e põe muitos tarados a salivar. Nestes casos, condeno todo o aproveitamento mediático e considero os media promotores de crimes futuros.

No caso do terrorismo levado a cabo por fundamentalistas que se dizem inspirados pela ortodoxia corânica, a situação é muito diferente.

Se é certo que este terrorismo pretende provocar destruição e pavor, pelo que o efeito mediático serve um dos seus principais propósitos, também não é menos certo que, após as acções terroristas, os seus mentores se escondem e se remetem ao maior silêncio.

Trata-se de uma estratégia de adormecimento da presa para preparar novos ataques e atacar quando e onde menos se espera.

Daí que seja fundamental manter viva a recordação que eles existem e se mantêm activos, e capazes de mas mais ignóbeis surpresas.

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