Wednesday, September 28, 2011

PELA PRIMEIRA VEZ

desde o fim da 2ª Grande Guerra, em 1945, a França vai reduzir as despesas do Estado com o objectivo de convencer os investidores que conseguirá manter controladas as suas despesas públicas.

Mesmo assim, muitos consideram que  os cortes anunciados serão insuficientes para atingir o défice previsto e reduzir a carga da dívida. Há três décadas que a França não tem tido o orçamento equilibrado e durante  anos desrespeitou as regras  da União Europeia de manter o défice à volta de 3% do PIB.

Os juros das obrigações do Estado francês subiram durante o Verão em resultado da desconfiança dos investidores, subitamente mais atentos aos níveis das dívidas soberanas.  

No orçamento que será apresentado na próxima quarta-feira, reflectem-se, entre outras medidas, o aumento dos impostos sobre as fortunas, um imposto sobre bebidas com açúcar, a eliminação da possibilidade de despesas não orçamentadas, o corte de 30 400 postos de trabalho na função pública no próximo ano através da admissão de um novo funcionário por cada dois que sairem. (vd mais aqui )

A França segue, deste modo, a distância ainda considerável, e de motu proprio as pisadas forçadas dos seus vizinhos do Sul e da Irlanda. E, hélas!, do Reino Unido, que mantém moeda própria, uma velha e respeitável senhora.

Será este o melhor caminho para equilibrar a Europa, preservar o euro e a União ? Há muita gente que afirma que não. Tanta austeridade forçada, clamam, só pode conduzir a mais austeridade, e receitam mais despesa para reanimar a actividade económica do conjunto.  Precisamente o que sabe fazer Alberto João, além de aldrabar as contas.

Ora o que faria o Alberto João com mais crédito à mão? Construção.
Construção e funcionalismo público. Duas saídas para um beco sem saída. Sendo ambas insustentáveis sem base económica reprodutiva, a crise acontece e o desemprego dispara.

Enrolada na tentativa de salvar o sistema financeiro, a UE esquece-se, ou (a Alemanha) faz-se esquecida, que é na economia que os problemas residem.

Hoje houve discussão quinzenal na AR. Assunto escolhido pelo Governo: a Economia. Discutiram os problemas do défice, da dívida, e, inevitavelmente, as aldrabices do Alberto João. Da Economia, o enquadramento orgânico da AICEP ( Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal ).

Tanto quanto me apercebi ninguém reparou na ausência da Ministra da Agricultura nem a agricultura foi preocupação de alguém.

É preocupante.

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