Wednesday, August 10, 2011

TASCAS & Cª.

Vale mais fechar a tasca?
Algumas tascas, talvez muitas tascas, irão fechar.

Porque, Caro ZP, é pouco simpático dizê-lo, mas a verdade é que há tascas a mais.

Está dito e e redito, não consigo acrescentar mais nada de relevante, que durante mais de uma década não soubemos ou não quisemos adaptar-nos à coabitação com uma moeda forte. Resultado: Floresceram os negócios de import, cairam ainda mais os de export.

O mesmo é dizer que pedimos fiado para ir à tasca, as tascas cresceram, até ao dia em que nos disseram: agora acabou-se o crédito.

A banca tem, aqui como em quase todo o mundo ocidental, grandes culpas no cartório. A gula do lucro imediato, dos honorários galácticos, dos bónus estratosféricos, levou-os a abrir as torneiras para onde julgavam ser nais rentável e seguro: O Estado, as construtoras, as telecomunicações, os centros comerciais, .... e as tascas.

Estava mesmo a ver-se que o sistema ia dar com os burrinhos na água. Só não viu quem não quis ver ou é cego. Agora, bate chapas e tinta Robbialac, dizia o anúncio antigo. Há que reparar os estragos, e, estes estragos custam caro.

Aumentar o IVA reduz o poder de compra (é inevitável, é doloroso mas é inevitável),  torna as importações mais caras (absolutamente necessário).

Por outro lado há que discriminar positivamente os sectores transaccionáveis, não porque os outros sejam paralelos ou criminosos (alguns serão) mas porque foram privilegiados durante estes últimos doze anos, crescendo na medida em que minguaram os transaccionáveis.

Discriminar, como? Tenho as maiores dúvidas do efeito da redução da TSU. Eu nunca iria por aí. Mas se a troica obriga, ou se arranja alternativa aceitável ou não há moeda de troca.

Por mim, já apontei no meu caderno várias vezes, actuava onde a economia é governada: nos bancos. A Caixa poderia ter um papel importante nesta matéria. Não tem tido. Tem-se limitado a seguir o rebanho.
Aliás, para fazer o que tem feito, mais valia que a Caixa fosse vendida.

Se não tivessemos a Caixa talvez não tivessemos que pagar os quatro ou cinco mil milhões do roubo no BPN.

É muita massa, caramba!
E quase não se fala disso. Num país consciente, o caso BPN provocaria uma revolução.

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