A história está contada aqui.
Resumidamente: Sahm Adrangi nasceu há cerca de 30 anos no Irão, tinha cinco anos quando os pais emigraram para a Califórnia e dali para Vancouver. Formou-se em Yale, experimentou dois ou três empregos, o último dos quai num banco de investimento, depois atirou-se ao trabalho por conta própia, criou uma empresa de "hedge funds" e, tendo percebido que havia empresas chinesas, relativamente desconhecidas, cotadas nos EUA com bom comportamentos em bolsa, resolveu investigar.
Investigou, e suspeitou que por detrás dos resultados apresentados deveria haver marosca. Investigou mais, e as suas supeitas confirmaram-se. E passou ao ataque através de operações de short selling: vendia a descoberto, divulgava o que conhecia acerca das empresas em questão, provocava a queda das acções, comprava-as aos preços reduzidos e completava as operações. Nada de original, a não ser a perspicácia para atacar empresas que se sustentavam da manipulação de resultados de operações em grande parte fictícias. Ganhou 150 milhões de dólares em dois anos.
Curiosamente, o CEO de uma das empresas alvejadas por Sahm, na tentativa de sutentar as cotações da empresa, desconhecendo, talvez, a presença do atirador, interveio comprando massivamente acções próprias. Aguentou pouco tempo, evidentemente.
Os "hedge funds" são vistos frequentemente como bandos de manipuladores dos mercados financeiros, empilhando fortunas com truques que uma desregulação desenfreada consente. Mas há casos e casos.
Neste caso, Sahm Adrangi, e outros limpa fundos, ficam podres de ricos mas realizam uma tarefa útil.
Trata-se, obviamente, de uma recompensa escandalosamente excessiva. Mas a culpa não é do Sahm & Cª., mas do sistema que continua desregulado por regras obsoletas e permissivas no casino.
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