Friday, August 26, 2011

EUROBONDS, SÓ COM INTEGRAÇÃO POLÍTICA

Até onde poderá a desconfiança dos mercados (uma designação ambígua) provocar a desintegração da União Europeia ou o avanço para a integração política, não sabemos.  

Mas podemos admitir, com elevada probabilidade de acertar, que um retrocesso na construção europeia poderá deteminar o seu fim, com todas as consequências, incalculáveis mas certamente muito dramáticas, que essa ruptura provocará.

Já é mais difícil prognosticar até onde poderá ir o avanço para a integração política se a solidariedade forçada pela emissão de eurobonds forçar os países a abdicarem de mecanismos de soberania transferindo-os para orgãos supranacionais comunitários que governarão as finanças do conjunto e, implicitamente, de cada um dos membros da União.

Se acontecer, será uma integração política feita por razões que, segundo alguns, acabarão por minar os alicerces da União no futuro. A construção da União, contudo, tem sido em grande medida determinada por razões exógenas, mais por reacção do que por antecipação.

As recentes declarações de Merkel e Sarkozy sobre a criação de um "governo económico" não suscitaram, até agora, o debate público que uma proposta destas, no actual contexto da União, pressuporia.
Há muita gente, estranhamente mais fora que dentro da Zona Euro, que vê na emissão de eurobonds a única saída possível para sair da crise e garantir a continuação da construção europeia.

Do ponto de vista estritamente económico e financeiro, a proposta é inquestionável. O busilis da questão reside nos requisitos políticos que ela implica e que, por enquanto, não estão em discussão. Lançada a ideia de um "governo económico" sem indicação do âmbito e propósitos das suas atribuições, ninguém, com autoridade para o fazer, perguntou: O que é isso?
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Aqui, mais uma abordagem ao assunto, emitida a partir de fora dos euromembros.

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Common borrowing and shared risk are second nature in the United States. Taxpayers across all 50 states are responsible for the federal government’s outstanding debt even though some states may send more money per capita to Washington than others do.

Although the amount of U.S. debt may be onerous, size can be an advantage. Economists who study bond markets refer to the “liquidity premium.” Investors treat U.S. bonds as an especially safe investment, confident that there will always be enough to pay them off when the time comes, because there’s so much money sloshing around in the United States. This “premium” is one reason U.S. borrowing rates have remained low.

Advocates of eurobonds want a similar benefit. Individually, the 17 nations that share the euro run the gamut, from the rock-solid Netherlands to weakened Spain and tottering Greece. Each issues its own bonds in its own name and pays a different interest rate. But pool the nations together and the liquidity premium might kick in. The eurozone would become a $13 trillion economy rivaling the United States in size and population and almost certainly would carry a AAA rating, allowing Greece and Italy’s needs to be financed as cheaply as Germany’s.

But lining European countries behind common borrowing could prove much more unwieldy than in the United States. To make it work, countries might have to agree on closer coordination to decide how much they spend each year. They might even have to surrender some power to a centralized finance ministry, akin to the U.S. Treasury Department.

There’s already plenty of thinking about how to tackle such issues. Former Italian prime minister Romano Prodi, for instance, recently suggested that euro nations should pool all their gold to back common borrowing. Bruegel, a European think tank, has suggested “blue bonds” that the euro area would issue as a whole and “red bonds” that countries would issue on their own, probably with higher interest rates.

A feasibility study by European Economic and Monetary Affairs Commissioner Olli Rehn is expected to map out the possibilities.

What happens next might depend on the course of the crisis.

“If Italy is at the brink . . . then I’m not sure it isn’t sellable,” said Zsolt Darvas, a researcher at the Bruegel think tank, and an advocate for the eurobond idea. “If this was addressed in 1999, we would not be in this crisis.”

Europe debt crisis forces officials to revisit creation of common eurobonds

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