De Dani Rodrik, professor de Política Económica Internacional, em Harvard, saiu recentemente "The Globalization Paradox", onde o autor reflete sobre o trilema que condiciona a compatibilização da globalização económica com a democracia e a auto determinação de cada povo para graduar as suas necessidades e os seus valores. Confrontados com este trilema, a solução passa por fazer algumas opções: para Rodrik, a democracia e a auto determinação devem sobrepor-se à globalização extrema. Dito de outro modo, a globalização deve ter os limites que a salvaguarda da democracia e da vontade dos povos impuserem. "Democracies have the right to protect their social arrangements, and when this right clashes with requirements of the global economy, it is the latter that shloud give way".
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Num artigo (este) publicado no Washington Post de ontem, o anterior primeiro ministro Gordon Brown, escreve sobre o mesmo tema resumindo que a crise global só pode ser superada por soluções globais. Afirma Brown: Quando se procura solução para um problema nos EUA, o Congresso e o Presidente têm de se entender; para os problemas da UE, o Conselho Europeu e a Comissão Europeia têm de se por de acordo. Mas para os problemas decorrentes da globalização, que exigem soluções globais, não há sede para tratar desses assuntos.
A terminar Gordon recorda Bismark que comparava a economia com um comboio que prossegue consistente e seguro no seu caminho - e que, subitamente, acelera. Passa-se o mesmo com a globalização. Evitar que o comboio descarrile requer que a condução seja liderada capazmente.
Bem visto, Mr. Gordon.
Pena é que no combóio europeu não se vislumbre o maquinista.
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