Segundo o Negócios online, aqui, o BE terá pedido esclarecimentos acerca de um eventual empréstimo concedido pelo BPN a Américo Amorim, no montante de 1,6 mil milhões de euros, para a compra da Galp. Amorim nega que alguma vez tenha negociado com o BPN com esse propósito. Não se sabe, no entanto, se o rumor tem ou não tem fundamento, isto é, se Amorim deve ou não deve 1,6 mil milhões ao BPN.
Deva ou não deva, o que há muito é devido aos portugueses é o esclarecimento sem ambiguidades do que, realmente, se passou no BPN, antes e depois da nacionalização, e que está na origem de uma factura esmagadora que os contribuintes portugueses estão a ser chamados a pagar.
Quando a administração presidida por Miguel Cadilhe propôs ao governo que, em simultâneo com o aumento do capital do banco de 380 milhões de euros pelos accionistas, o Estado emprestasse 600 milhões, Teixeira dos Santos recusou invocando que seria inaceitável que os contribuintes portugueses viessem a pagar parte desse empréstimo. O que mereceu aplausos. Lamentavelmente, a seguir a uma decisão correcta T Santos envolveu o Estado num nacionalização que permitiu aos ratos saltarem todos do barco arrombado.
T Santos, se entendia que havia risco sistémico na falência do BPN deveria ter garantido os depósitos sem cláusulas especiais, extinto o banco e vendido os activos. A marca já se encontrava demasiado degradada para valer alguma coisa. Não o tendo feito, arrastou o estafermo e aumentou as perdas por conta dos contribuintes que ele disse ter querido proteger.
Agora que a troica impôs a venda ou a extinção, o actual governo optou pela venda. Optou mal. E a negociação exclusiva com o BCI, onde Amorim é patrão, cheira a esturro e faz lembrar a marosca de Champalimaud quando comprou com um cheque careca o Pinto & Sotto Mayor.
Eventualmente, Amorim não deve nada ao BPN nem ninguém por ele.
Mas o caso BPN cheira cada vez mais fetidamente a esturro.
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