Em Abril do ano passado o presidente checo foi rude e jocoso com Cavaco Silva, seu convidado, a quem recomendou, além do mais, não dizer a ninguém que Portugal tinha um défice orçamental superior ao da República Checa.
Cavaco fez-se despercebido e, já em Portugal, desdramatizou o incidente garantindo que Portugal não era a Grécia e, se as metas do OE fossem cumpridas, em 2013 o défice português seria inferior ao checo.
Passou pouco mais de um ano e, há dias, Obama afirmava que os Estados Unidos não são nem a Grécia nem Portugal.
Os chineses que detêm cerca de 1,6 triliões de dólares em reservas e, muito provavelmente, mais fora da China, são os maiores detentores de dívida soberana norte-americana, na sequência do downgrade da Stantard and Poor´s, alertam mais uma vez os EUA para reduzirem a sua dependência do crescimento do défice e a retomar o princípio de bom senso que recomenda que não se viva acima das suas possibilidades.
Segundo a agência governamental chinesa, "A China, o maior credor da única superpotência mundial, tem todo o direito de, agora, exigir que os EUA resolvam os problemas estruturais que estão na origem do crescimento da sua dívida soberana e assegurem a estabilidade do valor dos activos denominados em dólares"..." O governo americano tem de reconhecer que acabaram os bons velhos tempos em que podia obter crédito ilimitado" . Saliente-se que a agência de rating chinesa Dagong, fundada em 1994 para estabelecer o rating das empresas chinesas, mas não reconhecida pela U.S. Securities and Exchange Commission, tinha já notado a dívida norte-americana com A+ e reviu agora em baixa para A-.
O Japão, o segundo maior credor dos EUA, tem opinião diferente: "A confiança e o interesse que tínhamos nas obrigações do tesouro americano não se alteraram em consequência desta acção (da Standard and Poor´s)".
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O Japão, o segundo maior credor dos EUA, tem opinião diferente: "A confiança e o interesse que tínhamos nas obrigações do tesouro americano não se alteraram em consequência desta acção (da Standard and Poor´s)".
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Amanhã, veremos onde param as modas.
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