Mais de 80% dos ingredientes activos para os fármacos vendidos nos EUA são importados, a maior parte deles proveniente de fornecedores a trabalhar em redes de economia informal na China e na Índia. Esses fornecedores são raramente inspeccionados e, mesmo quando isso ocorre é frequente não encontrarem os inspectores as instalações de produção.
A notícia (esta ) é do New York Times de anteontem que acrescenta ter a actual administração federal norte-americana acordado com a indústria farmacêutica de genéricos - que nos EUA representam 75% das prescrições - a constituição de um fundo anual de 299 milhões de dólares que permita a inspecção destes fornecedores com a mesma frequência com que já são inspeccionados os produtores norte-americanos.
Não tenho a mínima ideia do que acontece na União Europeia mas sou levado a pensar, por semelhança do que acontece com outras importações europeias da China e Índia, que a ausência de fiscalização deve ser idêntica.
O comércio livre não significa, antes pelo contrário, o laxismo na exigência de qualidade do que se compra.
1 comment:
Já não bastava que os Chineses exportassem, sem qualquer controlo, a sua "medicina" que remonta aos tempos da pré-história e que os próprios se tem esforçado por abandonar (há vários catedráticos portugueses a leccionar Medicina nas Universidades Chinesas), para agora nos calhar tomar conhecimento de que "os ingredientes activos para os nossos fármacos" são importados da China, também eles sem qualquer controlo. Agora explica-se porque é que os "famosos genéricos", não têm a mesma eficácia que os produtos de marca. E quanto ao seu custo, vale a pena conferir. Há médicos que, forçados a prescrever os "genéricos", começam a aconselhar os doentes a tomar o dobro da dose prevista oficialmente para que o efeito resulte e, assim, lá se vai a poupança nos "genéricos".
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