Wolfgang Münchau, numa apreciação que faz aos acordos recentes para socorrer os países da zona euro em risco de ruptura financeira, que transcrevi aqui, não pode ser mais claro: Só há duas formas de resolver o problema dos devedores que excederam as suas capacidades de reembolso das dívidas que assumiram: ou são graciosamente resgatados ou reestruturam as dívidas. É possível uma terceira alternativa resultante da combinação hábil daquelas duas.
Os acordos em vias de conclusão apontam em sentidos completamente diferentes recorrendo a uma prática de meias tintas, que tem sido muito habitual na construção europeia, mas que não pode resolver a crise financeira que ameaça a unidade europeia.
Merkel, não podendo ir mais além porque nem a Constituição nem o seu eleitorado lhes permitem, cumpre os mínimos e espera que o tempo resolva o resto; Sarkozy, segue Merkel porque não tem meios nem capacidade política para apontar outro caminho; na parte que particularmente nos toca, Sócrates vê no adiamento da solução que está subjacente a estes acordos a corda bamba por onde espera continuar a passar até que alguma conjugação astral permita um milagre.
O compromisso deste mês respalda politicamente os protagonistas mas não resolverá o problema de fundo. E, não resolvendo, a hipótese de default cresce com o tempo decorrido.
Entretanto, hoje, o euro volta a situar-se 40% acima do dólar. É obra! Que não passa pelas nossas oficinas.
Os acordos em vias de conclusão apontam em sentidos completamente diferentes recorrendo a uma prática de meias tintas, que tem sido muito habitual na construção europeia, mas que não pode resolver a crise financeira que ameaça a unidade europeia.
Merkel, não podendo ir mais além porque nem a Constituição nem o seu eleitorado lhes permitem, cumpre os mínimos e espera que o tempo resolva o resto; Sarkozy, segue Merkel porque não tem meios nem capacidade política para apontar outro caminho; na parte que particularmente nos toca, Sócrates vê no adiamento da solução que está subjacente a estes acordos a corda bamba por onde espera continuar a passar até que alguma conjugação astral permita um milagre.
O compromisso deste mês respalda politicamente os protagonistas mas não resolverá o problema de fundo. E, não resolvendo, a hipótese de default cresce com o tempo decorrido.
Entretanto, hoje, o euro volta a situar-se 40% acima do dólar. É obra! Que não passa pelas nossas oficinas.
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