Para onde?
O PSD está neste momento por total inabilidade do seu líder para compreender a envolvente politica ou falta de capacidade para se impor às ânsias dos que o rodeiam a querer, obcecadamente, embarcar numa aventura em que comprometerá irremediavelmente as esperanças de muitos portugueses descontentes com o actual Governo.
À obsessão de Sócrates em governar arrogantemente sozinho quando a conjuntura há muito tempo impõe que ele procurasse a mais alargada base de apoio social político e social contrapõe-se agora outra obsessão de Passos Coelho & Cª. (ou a companhia de Passos Coelho?).
A situação cada vez mais dramática para onde o país está a ser conduzido pelas conveniências imediatas dos partidos exige que alguém dissesse, alto e pára a contradança! A crise exige um entendimento entre os principais partidos, pelo menos, e a convocação de eleições não resolve e, pelo contrário, só servirá para acirrar a animosidade partidária e a intranquilidade dos portugueses.
Do que precisamos não é de um notário que ouça os intervenientes e decida em conformidade com as declarações demagógicas dos chefes das seitas mas de um presidente que exija a constituição imediata de outro governo resultante de uma coligação ampla que defenda os interesses de Portugal.
Após as eleições nem o PSD nem o PS poderão ser afastados de um novo governo. As eleições só tornarão mais difícil essa coabitação necessária.
Enquanto tal não ocorrer, a demagogia continuará à solta: Hoje, mais uma vez. uma coligação negativa decidiu suspender (ou anular?) o sistema de avaliação de professores. Trata-se de mais um exemplo flagrante da luta partidária com objectivos demagógicos mais que evidentes.
A situação cada vez mais dramática para onde o país está a ser conduzido pelas conveniências imediatas dos partidos exige que alguém dissesse, alto e pára a contradança! A crise exige um entendimento entre os principais partidos, pelo menos, e a convocação de eleições não resolve e, pelo contrário, só servirá para acirrar a animosidade partidária e a intranquilidade dos portugueses.
Do que precisamos não é de um notário que ouça os intervenientes e decida em conformidade com as declarações demagógicas dos chefes das seitas mas de um presidente que exija a constituição imediata de outro governo resultante de uma coligação ampla que defenda os interesses de Portugal.
Após as eleições nem o PSD nem o PS poderão ser afastados de um novo governo. As eleições só tornarão mais difícil essa coabitação necessária.
Enquanto tal não ocorrer, a demagogia continuará à solta: Hoje, mais uma vez. uma coligação negativa decidiu suspender (ou anular?) o sistema de avaliação de professores. Trata-se de mais um exemplo flagrante da luta partidária com objectivos demagógicos mais que evidentes.
5 comments:
Rui,concordo que essa é (devia ser) a tarefa de Cavaco. Mas como pode ele executá-la se, na prática foi ele que, no discurso de tomada de posse,preparou o terreno para estesta linda situação?
"no discurso de tomada de posse,preparou o terreno para estesta linda situação?"
Caríssimo Francisco,
É sempre um prazer ler os teus comentários.
Permite-me, no entanto, que discorde.
A crise actual teve como causa próxima a falta de respeito de Sócrates pelo PR, pela Ar e pelo povo português.
Sócrates quer eleições e o PSD embarcou nesse propósito sem ver que seria acusado de ser o responsável por elas.
O que Cavaco Silva disse no discurso é, muito lamentavelmente,verdade, por muito que nos custe crer nisso.
Caro Rui:na política, como na vida,há factos e há opiniões sobre factos.
Facto:foram as oposições (nelas incluido o PSD)que desencadeou a crise.
Opinião 1:«a causa próxima da crise
foi a falta de respeito de Sócrates pelo PR, pela AR e pelo povo português»(Rui Fonseca).
Opinião 2:a causa inicial(não muito remota)da crise «foi ele[Cavaco] que, no discurso de tomada de posse,preparou o terreno para esta linda situação»(F Carvalho).
O problema (se é que o é)é que as opiniões dinamizam os factos em direcções diversas.É um facto que Cavaco apelou aos jovens para manifestarem a sua indignação.
Houve quem achasse bem, «por muito que nos custe»-dizes tu. O mesmo quanto ao alerta para a situação (grave) que já todos conhecíamos.
Concordando ou discordando as tuas análises são um estímulo às minhas opiniões. Abç
"É um facto que Cavaco apelou aos jovens para manifestarem a sua indignação."
A manif da "geração à rasca" já estava marcada há muito tempo.
Por outro lado, a mensagem de Cavaco aos jovens não foi a priemira nem a segunda. Poderá dizer-se que, neste caso, foi oportunista.
Eu diria que foi a parte menos conseguida, ou se preferires, a pior, do dicurso dele.
Quanto à caracterização da situação económica e das linhas programáticas para a ultrapassar as opiniões divergem: Para uns não disse nada mais do que já se sabia, para outros foi longe demais e portou-se como se fosse um candidato a chefe do governo.
De qualquer modo, caro Francisco, a crise foi precipitada pelo comportamento de Sócrates que ignorou o PR, a AR, os partidos e os parceiros sociais.
Tanto que fizeram pagar a Teixeira dos Santos o preço da provocação premeditada, obrigando-o a uma comunicação que foi a mais desastrada e desastrosa que A Costa ouviu em Portugal e em todo o hemisfério Norte.
Já ninguém fala disso, mas foi assim.
Salvo melhor opinião.
O que eu lamento é que no PSD sejam tão patetas que se tenham deixado embrulhar e passar para baixo.
Daí não me admirar que depois de tantas peripécias envolvendo Sócrates este ainda acabe por ganhar as eleições e continuar obsessivamente a querer governar sozinho.
Nem Cavaco, nem Sócrates, nem Passos Coelho. O país não tem um esrtadista à altura da situação. Se qualquer uma das figuras politicas deste país tivesse estatura politica para levar por diante aquilo que urge ser necessário para salvar o país da banca rota, já o teria feito. Pois á medida que o tempo passa já ontem se avizinha tarde.Não vai ser mais uma eleições que vão resolver as questões de fundo. O País precisa de quem aponte as soluções e que as ponha em prática.Os diagnósticos estão mais que feitos. Há que apresentar uma sintese destes diagnósticos, clarificados em toda a sua dimensão e enfrentar as consequências destas decisões. Acho ou tenho a certeza que a maioria do povo iria perceber e acatar o que fosse decidido porque era para seu bem. E que neste processo não se deixasse numa segunda leva, de responsabilizar todos aqueles que por interesses pessoais conduziram o País a este impasse. Que houvesse Justiça na sua plenitude e que se varresse de uma vez por todas os politicos de carreira. Excelente oportunidade para os próprios partidos se renovarem e darem espaço a que se discutam ideias e se criem valores tão necessários à sociedade.
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