O tema de capa do Economist desta semana é o petróleo. Quando as economias ocidentais pareciam começar a recuperar da crise financeira de 2008 (nem todas, porque, no nosso caso, por exemplo, a crise é tripla) desabam as revoltas no Norte de África e as réplicas no Médio Oriente, onde o petróleo é a arma vital e o seu domínio o domínio do mundo desenvolvido ou em aceleradas vias disso.
Segundo o Economist, o choque petrolífero de 2011 representa uma ameaça maior para a economia mundial do que muitos investidores parecem pensar.
Eu, que não sou investidor, penso que, das duas uma, ou muda alguma coisa para ficar tudo na mesma, na infalível receita do Príncipe de Salina, ou uma mudança radical do poder no Médio Oriente dará, muito provavelmente o poder à al-Qaeda, um franshising do terror, que há muito tempo trabalha para isso mesmo: destruir a cultura ocidental.
O que está em causa, contrariamente aos piores prognósticos do Economist, não é apenas um choque petrolífero com reflexos profundos na economia mundial - alguns efeitos serão positivos, à semelhança do que aconteceu no rescaldo do choque de 1973 - mas uma ameaça à paz mundial.
Como é que se podem conter revoltas que arvoram as bandeiras generosas da democracia quando por detrás delas se acobertam os chacais* que, em nome de Alá, querem esmagar o Ocidente? Dialogando?
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* "Nós éramos os leopardos, os leões; esses que nos substituíram são os chacais, as hienas; e todos os leopardos, chacais e ovelhas continuarão a acreditar no sal da terra."- Il gattopardo - Giuseppe Tomasi di Lampedusa.
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* "Nós éramos os leopardos, os leões; esses que nos substituíram são os chacais, as hienas; e todos os leopardos, chacais e ovelhas continuarão a acreditar no sal da terra."- Il gattopardo - Giuseppe Tomasi di Lampedusa.
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Oil and the economy
More of a threat to the world economy than investors seem to think
THE price of oil has had an unnerving ability to blow up the world economy, and the Middle East has often provided the spark. The Arab oil embargo of 1973, the Iranian revolution in 1978-79 and Saddam Hussein’s invasion of Kuwait in 1990 are all painful reminders of how the region’s combustible mix of geopolitics and geology can wreak havoc. With protests cascading across Arabia, is the world in for another oil shock?
There are good reasons to worry. The Middle East and north Africa produce more than one-third of the world’s oil. Libya’s turmoil shows that a revolution can quickly disrupt oil supply. Even while Muammar Qaddafi hangs on with delusional determination and Western countries debate whether to enforce a no-fly zone (see article), Libya’s oil output has halved, as foreign workers flee and the country fragments. The spread of unrest across the region threatens wider disruption.
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