O artigo do Economist desta semana - Obama doctrine -, que registei aqui, remete para a doutrina que informa a estratégia dos EUA desde o momento em que se tornaram a maior potência mundial e que tem sido reafirmada e praticada desde então, independentemente das administrações que ocuparam o poder.
A Obama doctrine poderá, no entanto, inflectir em alguma medida essa estratégia reflictindo, mais do que o posicionamento político do actual presidente, a emergência de uma vontade maioritária do povo norte-americano de abandonar o encargo de exclusivo xerife do mundo.
Ao conseguir obter pela primeira vez a aprovação das Nações Unidas para uma intervenção militar e congregar uma força multinacional com esse objectivo, Obama foi original na forma mas não nos propósitos. A Obama doctrine não é mais do que a aplicação no momento actual de uma doutrina antiga também reajustada no tempo de Carter.
Pode discordar-se ou não se perceber a intervenção na Líbia, e muito menos alguns apoios a essa intervenção. Mas é inquestionável que Obama influenciou decisivamente uma intervenção militar com o acordo unânime da comunidade internacional sem que os EUA assumissem o comando destacado das operações.
Uma originalidade na continuidade, mas que, indubitavelmente, se tiver continuidade, mudará sensivelmente a presença e a imagem dos norte-americanos no mundo.
Uma originalidade na continuidade, mas que, indubitavelmente, se tiver continuidade, mudará sensivelmente a presença e a imagem dos norte-americanos no mundo.
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