Quando, ontem, escrevi aqui que as contas do TGV ainda estavam por fazer, estava bem longe de saber que um manifesto tinha sido enviado às redacções do Público e do Expresso, e que, muito provavelmente, será publicado nas edições de amanhã, apelando ao Governo que mande fazer as contas que a conjuntura recomenda que sejam feitas.
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Somos todos a favor do TGV, de mais auto-estradas, de um novo aeroporto, e, já agora, de mais tudo quanto todos querem. O problema é saber quem paga. Quando os recursos são escassos (escassíssimos, neste caso), o custo de oportunidade é o critério válido para avaliação da prioridade dos projectos. E é muito provável que o custo de oportunidade do TGV seria, neste momento, elevadíssimo.
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28 economistas querem reavaliação do TGV, auto-estradas e aeroporto de Lisboa
Vinte e oito economistas dos mais diversos quadrantes apelam ao governo que reavalie os grandes investimentos públicos e que faça um travão imediato nos projectos da área de transportes. Em causa está a construção do TGV e de novas auto-estradas, bem como o calendário para a construção do novo aeroporto de Lisboa.Os desequilíbrios estruturais que atingem a economia portuguesa, que têm vindo a piorar na última década, e que se agravaram com a actual crise económica mundial, não são compatíveis com “a insistência em investimentos públicos de baixa ou nula rentabilidade, e com fraca criação de emprego em Portugal”. É esta a principal linha de argumentação de um manifesto, a que o PÚBLICO teve acesso, subscrito por cerca de três de dezenas de economistas, de todos os quadrantes políticos e regiões do país, e que são unânimes em considerar que o plano de investimento público defendido pelo governo deve ser repensado, sobretudo, e desde já, no que aos projectos da área de transportes diz respeito. Estes economistas pedem que se aproveite o “interregno político” que se anuncia nos próximos meses (por causa das eleições legislativas), para que seja dado início a um trabalho de reavaliação dos investimentos públicos anunciados, recorrendo ao apoio consultivo de economistas, gestores e engenheiros, portugueses e estrangeiros, que possam elencar uma nova grelha de prioridades para a próxima década. Estes economistas consideram “duvidoso” que os grandes projectos de investimento público possam ser considerados urgentes, e relembram que a realização destes investimentos em antecipação temporal à procura que os justifica trará uma inevitável destruição de valor económico. O documento é subscrito por uma trintena de nomes de peso no panorama económico, oriundos da esquerda e da direita do espectro político, e muitos deles com experiencia governativa: Luís Campos e Cunha, Daniel Bessa, Augusto Mateus, Eduardo Catroga, Arlindo Cunha, Medina Carreira, Silva Lopes, Mira Amaral, Miguel Beleza, Henrique Neto, Miguel Cadilhe, Sarsfield Cabral, Vitor Bento, João Duque, João Salgueiro e Rui Moreira, entre outros.
Vinte e oito economistas dos mais diversos quadrantes apelam ao governo que reavalie os grandes investimentos públicos e que faça um travão imediato nos projectos da área de transportes. Em causa está a construção do TGV e de novas auto-estradas, bem como o calendário para a construção do novo aeroporto de Lisboa.Os desequilíbrios estruturais que atingem a economia portuguesa, que têm vindo a piorar na última década, e que se agravaram com a actual crise económica mundial, não são compatíveis com “a insistência em investimentos públicos de baixa ou nula rentabilidade, e com fraca criação de emprego em Portugal”. É esta a principal linha de argumentação de um manifesto, a que o PÚBLICO teve acesso, subscrito por cerca de três de dezenas de economistas, de todos os quadrantes políticos e regiões do país, e que são unânimes em considerar que o plano de investimento público defendido pelo governo deve ser repensado, sobretudo, e desde já, no que aos projectos da área de transportes diz respeito. Estes economistas pedem que se aproveite o “interregno político” que se anuncia nos próximos meses (por causa das eleições legislativas), para que seja dado início a um trabalho de reavaliação dos investimentos públicos anunciados, recorrendo ao apoio consultivo de economistas, gestores e engenheiros, portugueses e estrangeiros, que possam elencar uma nova grelha de prioridades para a próxima década. Estes economistas consideram “duvidoso” que os grandes projectos de investimento público possam ser considerados urgentes, e relembram que a realização destes investimentos em antecipação temporal à procura que os justifica trará uma inevitável destruição de valor económico. O documento é subscrito por uma trintena de nomes de peso no panorama económico, oriundos da esquerda e da direita do espectro político, e muitos deles com experiencia governativa: Luís Campos e Cunha, Daniel Bessa, Augusto Mateus, Eduardo Catroga, Arlindo Cunha, Medina Carreira, Silva Lopes, Mira Amaral, Miguel Beleza, Henrique Neto, Miguel Cadilhe, Sarsfield Cabral, Vitor Bento, João Duque, João Salgueiro e Rui Moreira, entre outros.
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