"Portugal tem dinheiro para pagar isso. Todo o Portugal, visto como uma economia, isto é. São projectos nacionais e a nação, como um todo, já tem dinheiro para ter um novo aeroporto e um TGV do Porto, a Lisboa, a Madrid. Não percebo como é que se pode pensar de outro modo."
Caro Prof,
Voltei atrás porque estas suas palavras resumem, creio eu, as suas conclusões e posições quanto às questões abordadas neste seu comentário de agora, e a sua total discordância com os signatários do extremamente bem feito documento dos 28.
O que é espantoso, neste caso, pelo menos para mim, não é que haja discordância, que é sempre a agulha oportuna para enviar o comboio para a linha conveniente, mas que essa discordância seja total. Não se trata de concluir entre estar a garrafa meio cheia e a garrafa meio vazia mas entre estar ela inteiramente cheia ou totalmente vazia.
Diz o Professor que "Portugal tem dinheiro...", dizem, pelo menos 28 professores que Portugal está teso, passe o plebeísmo.
É possível que pessoas com a formação mais elevada e intervenção pública relevante façam leituras tão radicalmente diferentes acerca de um assunto, que, mesmo que seja muito complexo, pode ser quantificado?
Ter ou não ter dinheiro, parece-me, (porque eu o que tenho são dúvidas) é uma questão mensurável.
Ou não é?
A adesão ao euro alterou muita coisa nos nossos hábitos mas não alterou outras, que deveria ter alterado, e daí, segundo parece, o imbróglio em que nos metemos.
Há quem tenha sido, ou continue a ser, da opinião que a dívida externa é irrelevante quando se faz parte de uma zona monetária comum.
Esta é, segundo depreendo, também a sua opinião, de onde decorre a "extinção" do país e a emergência de uma região.
Não compreendo.
E não compreendo porque a passagem de país a região não altera em nada, parece-me, a importância do endividamento sobre as políticas de crescimento económico de um país ou de uma região.
Se as pessoas, as empresas ou o Estado, se encontram endividados de modo que os rendimentos recebidos são insuficientes para conter ou reduzir a dívida, o endividamento prosseguirá até onde o consentirem os credores.
No dia em que os credores susterem o crescimento do endividamento as famílias, as empresas, o Estado entram em situação de falência (deixam de pagar aos credores) obrigando as pessoas a emigrarem ou a recomeçarem a partir de patamares de desenvolvimento inferiores.
Há a hipótese de o devedor colocar o credor em posição de este ter de continuar a sustentar o fluxo, por razões políticas, à maneira do AJJardim, ou outras, que, no entanto, só poderão ser transitórias. As árvores não crescem até ao céu e o endividamento também não.
Ou não?
Caro Prof,
Voltei atrás porque estas suas palavras resumem, creio eu, as suas conclusões e posições quanto às questões abordadas neste seu comentário de agora, e a sua total discordância com os signatários do extremamente bem feito documento dos 28.
O que é espantoso, neste caso, pelo menos para mim, não é que haja discordância, que é sempre a agulha oportuna para enviar o comboio para a linha conveniente, mas que essa discordância seja total. Não se trata de concluir entre estar a garrafa meio cheia e a garrafa meio vazia mas entre estar ela inteiramente cheia ou totalmente vazia.
Diz o Professor que "Portugal tem dinheiro...", dizem, pelo menos 28 professores que Portugal está teso, passe o plebeísmo.
É possível que pessoas com a formação mais elevada e intervenção pública relevante façam leituras tão radicalmente diferentes acerca de um assunto, que, mesmo que seja muito complexo, pode ser quantificado?
Ter ou não ter dinheiro, parece-me, (porque eu o que tenho são dúvidas) é uma questão mensurável.
Ou não é?
A adesão ao euro alterou muita coisa nos nossos hábitos mas não alterou outras, que deveria ter alterado, e daí, segundo parece, o imbróglio em que nos metemos.
Há quem tenha sido, ou continue a ser, da opinião que a dívida externa é irrelevante quando se faz parte de uma zona monetária comum.
Esta é, segundo depreendo, também a sua opinião, de onde decorre a "extinção" do país e a emergência de uma região.
Não compreendo.
E não compreendo porque a passagem de país a região não altera em nada, parece-me, a importância do endividamento sobre as políticas de crescimento económico de um país ou de uma região.
Se as pessoas, as empresas ou o Estado, se encontram endividados de modo que os rendimentos recebidos são insuficientes para conter ou reduzir a dívida, o endividamento prosseguirá até onde o consentirem os credores.
No dia em que os credores susterem o crescimento do endividamento as famílias, as empresas, o Estado entram em situação de falência (deixam de pagar aos credores) obrigando as pessoas a emigrarem ou a recomeçarem a partir de patamares de desenvolvimento inferiores.
Há a hipótese de o devedor colocar o credor em posição de este ter de continuar a sustentar o fluxo, por razões políticas, à maneira do AJJardim, ou outras, que, no entanto, só poderão ser transitórias. As árvores não crescem até ao céu e o endividamento também não.
Ou não?
3 comments:
Caro Rui, os Economistas são as pessoas mais sagazes nas previsões: acertam sempre "à posteriori".São muito melhores que os filósofos que sustentam que se a realidade não concorda com os princípios a culpa é dela. Pelo sim pelo não um Economista e um (aprendiz)de filosofia irão contribuir para a solução dos (magnos) problemas do cantão no próximo dia 14(3ªf) num almoço onde, por causa do liberalismo, também se celebrará a tomada da Bastilha. Abç.
Grande Francisco!
Lá estarei. Abç.
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