O primeiro,
- Eu, se tivesse de o classificar, numa escala de 1 a 20, dava-lhe 15 em competência e 7 em honestidade.
O segundo,
- E o Cavaco? Em que é que o Cavaco é mais honesto?
O primeiro,
- Mas quem é que estava a falar do Cavaco?
O terceiro,
- Eu prefiro um competente desonesto a um honesto incompetente.
O primeiro,
- Mas isso é partir do princípio que nesta terra todos os competentes são desonestos e todos os honestos incompetentes.
O quarto,
- Atribuir subsídios a muitas pê-eme-és, como quer a Manuela, é deitar dinheiro à rua. A maioria não tem condições para sobreviver. Têm de fechar.
O primeiro,
- E o que se faz às pessoas que nelas trabalham?
O quarto,
- Não sei, não é comigo.
O quinto,
- Portugal tem dos salários mais baixos da UE. Logo o problema da competitividade não é uma questão de salários. Tem de ser outro.
O primeiro,
- Mas tem salários mais altos que a China, por exemplo.
O quinto,
- Pois tem.
O quarto,
- O problema do endividamento não pode ser um problema. Imagine-se que em vez do TGV o país tem de enfrentar uma guerra. Deixa de enfrentar o inimigo por falta de dinheiro?
O primeiro,
- Dependeria da relação dos meios disponíveis. Se os nossos fossem inferiores, e se a Nato não desse a ajuda necessária, a guerra seria perdida por falta de meios. Aliás, todas as guerras são perdidas por falta de meios. O que Portugal não poderia era imprimir moeda para ocorrer ao esforço de guerra. Ou, pior, poderia imprimir, se abandonasse o euro, mas a moeda própria, nessas circunstâncias, não lhe serviria de nada.
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