Uma das regras do mais elementar bom senso recomenda que não se invente a roda. Custa a perceber que razões subsistem para que esta regra não seja adoptada na feitura de grande parte das leis em Portugal. A menos que se congeminem razões de motivações suspeitas. Se há regras que provadamente são as mais convenientes ao interesse público, por terem sido testadas há muito tempo em países onde o desenvolvimento económico e social é bem superior ao nosso (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, entre outros) porque razões estranhas há tanta relutância em adoptá-las em Portugal?
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Que interesses impedem que os medicamentos sejam receitados segundo a sua substância activa, por que razões se opõe o PS a tipificar na lei o crime de enriquecimento ilícito, por quê tanta relutância no levantamento do segredo bancário?
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Em qualquer destes casos, como em muitos outros, estão em causa não só valores pecuniários mas também valores morais que uma sociedade que se pretende civilizada, solidária e solvente deveria prezar. Quando o défice orçamental ameaça atingir de novo níveis indomáveis sem renovados sacrifícios dos mesmos de sempre, a crise poderia ser, se houvesse honestidade de intenções, uma oportunidade para mudarmos de vida, desta de que a grande maioria se queixa, mas não passa disso.
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