Esta tarde, ao mesmo tempo que era anunciada a divulgação de um relatório do Tribunal de Contas que aponta para o laxismo dos representantes do Estado na discussão de contratos de parceria com entidades privadas, o Ministro das Finanças anunciava uma campanha que pretende sensibilizar os consumidores-contribuintes de que a exigência de facturas na primeira condição é vantajosa para a segunda.
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Segundo o Tribunal de Contas, um dos sectores onde a displicência dos tutores dos interesses públicos mais se faz sentir é nas parcerias de exploração de serviços e investimentos em infraestruras rodoviárias. Os sobrecustos, isto é os custos a pagar pelo Estado, nos contratos de exploração das autoestradas em regima de SCUT, que excedem os custos previstos e orçamentados, elevaram-se em 2006 a 16,4 mil milhões de euros. Um valor deste tamanho deixa o cidadão na dúvida se o valor é tão escandaloso ou a jornalista que deu a notícia se enganou nos zeros. Para mal dos nossos pecados, contudo, parece que desta vez a jornalista não errou.
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Uma enormidade destas está condenada pelo Tribunal de Contas a morrer, mais uma vez, solteira.
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Enquanto esta impunidade for lei, bem pode o Ministério das Finanças apertar o cerco mas o cidadão comum, sentindo-se esmifrado, nunca perceberá para quê meter tanta massa panela se o fundo está roto.
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