Thursday, February 08, 2007

VERDADE INCONVENIENTE, EM PORTUGAL

Políticos portugueses ouviram "verdades inconvenientes" de Al Gore 08.02.2007 - 15h51 Lusa

O antigo vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore partilhou hoje, no Museu da Electricidade, em Lisboa, as suas "verdades inconvenientes" sobre as alterações climáticas com uma plateia de políticos, entre eles o ministro do Ambiente e o presidente da Câmara de Lisboa.
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Na conferência, a que só um convite dava acesso, Al Gore revisitou ao vivo e a cores as principais mensagens do filme "Uma Verdade Inconveniente", com que lançou uma mediática cruzada em prol de uma acção imediata contra o sobre-aquecimento global.Entre os políticos e ex-responsáveis políticos encontravam-se o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia; o presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues; o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes; o dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã; o ministro da Administração Interna, António Costa; a ex-ministra da Saúde Maria de Belém; o ex-deputado social-democrata e actual assessor do Presidente da República para a área do Ambiente, Jorge Moreira da Silva; o deputado e ex-secretário de Estado do Ambiente José Eduardo Martins; e o ex-ministro social-democrata José Luís Arnaut.A opinião dos convidados foi unânime: Al Gore demonstrou ser um grande comunicador e soube passar a mensagem que o filme já transmitia.
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Ministro do Ambiente diz que o mais importante é perceber que o desafio é global"Ao vivo tem uma força que jamais uma mensagem pode ter", comentou o ministro do Ambiente.Sublinhando "o apelo muito veemente" de Al Gore no combate às alterações climáticas, Nunes Correia salientou que a mensagem mais importante é perceber que "este é um desafio a toda a civilização porque não afecta um ou outro país. Afecta todos".
O presidente da Câmara de Lisboa classificou a apresentação como "muito profissional" e disse ter sido "a melhor" a que já assistiu. "Mostrou uma grande capacidade de comunicação, grande actualidade e grande objectividade. Fez um apelo muito forte no sentido em que é tempo de agir para combater esta crise que afecta todo o planeta", declarou Carmona Rodrigues.Sobre o convite feito a Al Gore, o autarca considerou que era "importante trazer a Lisboa quem está a liderar o processo da maior campanha de sensibilização ambiental actualmente em curso" e que "tem uma voz reconhecida internacionalmente".Antes da conferência, Carmona Rodrigues esteve num encontro informal com Al Gore, que reuniu personalidades de várias áreas, numa "troca de impressões" que descreveu como "muito interessante"."Foram abordadas várias questões técnicas, algumas relacionadas com a área da energia. Falou-se, por exemplo, do hidrogénio, da micro-geração ou do nuclear", disse o presidente da Câmara de Lisboa.Quercus lembra opções energéticas de Al GoreO dirigente da Quercus, Francisco Ferreira, elogiou esta "oportunidade de revisitar o filme, de forma actualizada", sobretudo junto de "uma série de líderes políticos e de opinião que não tinham visto o documentário". "A vontade política é, felizmente, um recurso renovável", disse Francisco Ferreira, parafraseando a última parte da apresentação de Al Gore.O ambientalista, que também participou no encontro informal com Al Gore, mostrou-se também satisfeito com a partilha de pontos de vista. "Ficámos satisfeitos por ver que as opiniões do Al Gore vêm ao encontro de muitas das linhas que defendemos. Em termos de energia, por exemplo, é mais favorável às renováveis e à micro-geração, em detrimento do nuclear, sobretudo devido aos custos, mais ainda do que o risco de acidentes ou os resíduos".Depois da conferência, Al Gore saiu de imediato para se encontrar com o primeiro-ministro, José Sócrates.

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