Continua a discussão acerca da vida intra uterina e a ausência dela acerca da protecção da vida nascida e das ameaças aos seus direitos primários. O maior flagelo não é o aniquilamento de fetos mas a morte lenta pela fome.
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Os partidários do "não" entraram, definitivamente, em contradições irremediáveis: ao defenderem agora a não penalização do aborto estão apenas a opor-se a que a interrupção voluntária da gravidez se faça em condições minimamente condignas e controladas. Estão a defender a não penalização do aborto clandestino. Estão a querer negar a oportunidade evidente que a consulta médica poderá representar na inversão de algumas decisões desesperadas.
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A intervenção da ginecologista portuguesa a trabalhar na Suíça, no Prós e Contras de ontem, resumiu tudo o que está em causa: a despenalização encaminha a decisão da mulher para o médico; o voto "não" encaminha-a para a clandestinidade, se for pobre, ou para Espanha se tiver recursos para tanto.
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