Senhor Provedor,
(do jornal "Público)
Escrevo-lhe para chamar a sua atenção para uma maldade que o “Público” vem cometendo contra a integridade psíquica de alguns dos seus colunistas.
Admito que o faça por distracção ou erro de diagnóstico. Afinal o “Público” reclama a verticalidade da coluna dorsal dos seus colaboradores periódicos e é bem provável que a verticalidade decorra, em alguns casos, de calcificação das vértebras. Quando a calcificação ocorre, a verticalidade pode manter-se mas a coluna impede o paciente de mudar de ângulo de perspectiva.
Receio que seja o caso de Vasco Pulido Valente. E, muito provavelmente, da Dona Constança.
Ora o “Público” exige do colunista VPV o exagero de três crónicas semanais, e seguidas. É demais. VPV não tem, temos de convir, flexibilidade para tanto. Terá verticalidade, mas tanta e tão intensa exigência não pode deixar o submeter a um exercício repetitivo que, claramente, ele só aceita porque aprecia as pevides. Seria muito mais razoável que o “Público” lhe pagasse avença e não à peça. Avençado, talvez VPV se desse à pachorra para dar um jeito à coluna e lhe brotasse alguma originalidade.
Assim não. Obrigado às habituais tricrónicas, o embaraço da coluna não lhe deixa alterar a posição fixa. Resultado: temos todas as semanas mais do mesmo.
Este domingo o VPV. atira-se ao “Período de Reflexão” e o resultado é, mais uma vez, penoso. Tal qual aqueles jogadores que fintam sempre para o mesmo lado e acabam por se driblar a eles próprios, o V. acaba por, confessadamente, se contradizer.
Releia, se faz favor este mimo de análise:
“O período de reflexão” … não serve evidentemente para reflectir. Se por acaso servisse, conseguia o milagre de fazer o que a campanha manifestamente não conseguiu fazer. Em artigos, colunas (como por exemplo, a minha) ou intervenções de televisão não vi uma dúvida, só vi as certezas…A retórica, quando muito, confirmou o que as pessoas já pensavam…Essa é a verdade que logo à noite virá ao de cima”
Ora já se sabia que o VPV. é dos que não têm dúvidas, daí que a na sua própria coluna tenha, como sempre, dado conta disso mesmo. Aos outros, sim, compete terem dúvidas, ao VPV, não. Depois, qualquer que seja o resultado, que neste caso só tem duas hipóteses, a verdade (do VPV, evidentemente) virá sempre ao de cima.
Escrevo-lhe para chamar a sua atenção para uma maldade que o “Público” vem cometendo contra a integridade psíquica de alguns dos seus colunistas.
Admito que o faça por distracção ou erro de diagnóstico. Afinal o “Público” reclama a verticalidade da coluna dorsal dos seus colaboradores periódicos e é bem provável que a verticalidade decorra, em alguns casos, de calcificação das vértebras. Quando a calcificação ocorre, a verticalidade pode manter-se mas a coluna impede o paciente de mudar de ângulo de perspectiva.
Receio que seja o caso de Vasco Pulido Valente. E, muito provavelmente, da Dona Constança.
Ora o “Público” exige do colunista VPV o exagero de três crónicas semanais, e seguidas. É demais. VPV não tem, temos de convir, flexibilidade para tanto. Terá verticalidade, mas tanta e tão intensa exigência não pode deixar o submeter a um exercício repetitivo que, claramente, ele só aceita porque aprecia as pevides. Seria muito mais razoável que o “Público” lhe pagasse avença e não à peça. Avençado, talvez VPV se desse à pachorra para dar um jeito à coluna e lhe brotasse alguma originalidade.
Assim não. Obrigado às habituais tricrónicas, o embaraço da coluna não lhe deixa alterar a posição fixa. Resultado: temos todas as semanas mais do mesmo.
Este domingo o VPV. atira-se ao “Período de Reflexão” e o resultado é, mais uma vez, penoso. Tal qual aqueles jogadores que fintam sempre para o mesmo lado e acabam por se driblar a eles próprios, o V. acaba por, confessadamente, se contradizer.
Releia, se faz favor este mimo de análise:
“O período de reflexão” … não serve evidentemente para reflectir. Se por acaso servisse, conseguia o milagre de fazer o que a campanha manifestamente não conseguiu fazer. Em artigos, colunas (como por exemplo, a minha) ou intervenções de televisão não vi uma dúvida, só vi as certezas…A retórica, quando muito, confirmou o que as pessoas já pensavam…Essa é a verdade que logo à noite virá ao de cima”
Ora já se sabia que o VPV. é dos que não têm dúvidas, daí que a na sua própria coluna tenha, como sempre, dado conta disso mesmo. Aos outros, sim, compete terem dúvidas, ao VPV, não. Depois, qualquer que seja o resultado, que neste caso só tem duas hipóteses, a verdade (do VPV, evidentemente) virá sempre ao de cima.
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Qual é a verdade do VPV? É segredo guardado para a próxima crónica.
“O que serviu para nos lembrar, e avisar, que pela nossa democracia se passeiam sempre milhares de pequenos ditadores”, é o que diz Vasco.
“O que serviu para nos lembrar, e avisar, que pela nossa democracia se passeiam sempre milhares de pequenos ditadores”, é o que diz Vasco.
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