Muito provavelmente, o "Sim" será maioritário no referendo do próximo domingo.
No dia seguinte iniciam-se as discussões que o referendo adiou.
Uma delas é: Quem paga a conta?
Se vencer o "Não" (possível, mas pouco provável) as discussões não acabam. Serão outras.
Acerca de cada um destes pontos coloquei comentários em:
A Arte da Fuga
Eu também vou votar "Sim"
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Transcrevo da sua declaração:"Tenho para mim que admitir uma despenalização sem possibilitar à mulher abortar num estabelecimento de saúde seria liberalizar o abortamento clandestino."
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A este respeito, penso que não pode existir opinião contrária.Por outro lado,o "não" ou é não com coerência ou é "nim", mas esta hipótese não está configurada no referendo.
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Quanto à sua resposta negativa à interrogação:"Se aceito que esta prática seja feita no Serviço Nacional de Saúde? Não."
tenho algumas dúvidas e algumas sugestões:
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O que é que entende por "não aceito que esta prática seja feita no SNS"?
- que não seja feita em estabelecimentos de saúde públicos?
- que não seja gratuita?
- que não seja tendencialmente gratuita, ainda que sujeita a taxas moderadoras?
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A questão já foi levantada pelos votantes "não" referindo que não faz sentido o aborto gratuito quando tantas restrições estão a ser impostas em investimentos e cuidados de saúde. E não faz.
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Mesmo que essas restrições não existissem.O que faz sentido é que o custo dos tratamentos abortivos sejam pagos solidariamente pelos que a eles recorrem: as mulheres que os solicitam, os homens que os motivaram. Independentemente do estabelecimento de saúde (público ou privado) onde se realizam.
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No caso de demonstrada incapacidade financeira da mulher que aborta e do seu co-responsável, o Estado deve realizar o pagamento na condição de ser reembolsado em prestações calculadas em função dos rendimentos da mulher e do homem envolvidos.
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Que lhe parece?
Friday, February 09, 2007
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