Daqui a uns anos, ter um drone é como usar um telemóvel , afirma o dono de uma loja de modelismo, a propósito das notícias que nos dão conta que, só neste mês de Junho, já foram contadas sete aproximações de drones a aviões no espaço aéreo português.
É de lei: quem interferir propositadamente com a segurança de um transporte aéreo pode ser condenado a dez anos de cadeia. A pena desce para cinco se for caso de negligência. Problema: ninguém é apanhado. - aqui.
Segundo ouvi ontem na rádio a um professor do Técnico, especialista na matéria, a intercepção de drones não é fácil. Podem os drones estar programados para não ultrapassarem determinados limites no espaço mas essa programação é alterável por quem sabe do assunto. Já há drones especializados em interceptar e derrubar drones mas a eficácia é reduzida considerando a dimensão do espaço. Há, em alguns países, experiências de intercepções feitas com aves de rapina treinadas para o efeito.
Estaremos irremediavelmente perante a ameaça, que pode determinar a queda de aeronaves que transportam dezenas ou centenas de pessoas, perpetrada por indivíduos irresponsáveis que as sociedades não conseguem anular? Perante a ameaça de um brinquedo, que pode ser também uma arma altamente mortífera, ao fácil alcance do terrorismo, não há defesa possível?
Não pode ser verdade.
Há três anos, Jeff Besos, o patrão da Amazon andava a experimentar a ideia de um sistema de distribuição via drone que substituísse a entrega via rodoviária mas a autoridade norte-americana que superintende na utilização do espaço aéreo não parecia disponível a dar-lhe luz verde para avançar. cf. aqui
Notícias recentes - vd. aqui - dão conta que o projecto está ser experimentado fora dos EUA. Mas estes drones voam baixo.
E cá, não é possível restringir o uso de drones mediante imposição legal do seu registo à semelhança do que acontece com as armas de caça? E aplicar aos vendedores e utilizadores surpreendidos em situações de transgressão penas pecuniárias e de prisão suficientemente desmotivadoras, porquê?
A ciência e a tecnologia não recuam.
Não é possível, nem desejável se fosse possível, matar os drones.
Mas é imperioso evitar que os drones coloquem em risco a aviação civil. Sem ter que esperar que um avião seja derrubado por um deles e sejam realizados inquéritos e audições parlamentares que já não servem para nada. Se o uso e porte de arma, de uma caçadeira, p.e., (não sou caçador) obriga ao cumprimento de determinadas formalidades legais e está sujeito a penalização adequada porque razão não se aplica o mesmo critério aos drones enquanto não se descobrem outros meios tecnicamente mais eficazes?
E cá, não é possível restringir o uso de drones mediante imposição legal do seu registo à semelhança do que acontece com as armas de caça? E aplicar aos vendedores e utilizadores surpreendidos em situações de transgressão penas pecuniárias e de prisão suficientemente desmotivadoras, porquê?
A ciência e a tecnologia não recuam.
Não é possível, nem desejável se fosse possível, matar os drones.
Mas é imperioso evitar que os drones coloquem em risco a aviação civil. Sem ter que esperar que um avião seja derrubado por um deles e sejam realizados inquéritos e audições parlamentares que já não servem para nada. Se o uso e porte de arma, de uma caçadeira, p.e., (não sou caçador) obriga ao cumprimento de determinadas formalidades legais e está sujeito a penalização adequada porque razão não se aplica o mesmo critério aos drones enquanto não se descobrem outros meios tecnicamente mais eficazes?
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