O Economist desta semana publica aqui um artigo - The future's Asian - que parece titulado de modo irónico. Segundo o texto, a emigração mexicana para os EUA representava ainda em 2007 o maior contigente imigrante, quase um quarto, de novos norte-americanos. A partir daquele ano, a tendência decrescente de emigrantes mexicanos entrados, que já se vinha observando nos anos antes da crise, acentuou-se e em 2013 os emigrantes chineses e os indianos entrados naquele país já ultrapassaram, nos dois casos, o número de mexicanos.
Com uma diferença notável que os números de quantidade não refletem: a emigração chinesa para os EUA possui qualificações superiores e 70% dos indianos possuem qualificações superiores muito elevadas.
Tenho anotado algumas vezes neste caderno de apontamentos que é ilusória a afirmação de que as mais recentes gerações de portugues são as melhor preparadas de sempre. Serão, se forem, as melhor preparadas relativamente às gerações anteriores, mas não o são em termos comparativos com as gerações de outros países, e principalmente de alguns países asiáticos.
Por outro lado, e de um modo mais abrangente, é forçoso, a respeito deste assunto, reflectir sobre os problemas que se colocam a uma União Europeia pouco unida em muitas frentes críticas e muito particularmente também relativamente à política de imigração dentro das suas fronteiras "comuns". Se a imigração continuar a constituir uma arma de recrudescimento dos nacionalismos europeus, a União Europeia fragmentar-se-á antes que o busílis das dívidas soberanas a tenha derrubado.
1 comment:
Apoiado.E a muitos escapa-lhe que os nossos concorrentes são grandes e muitos.
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