Monday, December 08, 2008

SER PROFESSOR EM PORTUGAL

Um Amigo meu enviou-me um e-mail, chamando a minha atenção para o blog
e, em particular do post Ser professor em Portugal. Outros posts no mesmo blog acerca do tema educação merecem também a nossa leitura e apreciação crítica.
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Em Portugal, os professores continuam, para além de não avaliados:
1) A ter das
turmas mais pequenas (19 alunos contra uma média na OCDE de 21,5 e UE19 de 20,2. Note-se os valores para países como USA - 23,1; UK - 24,1; França - 22,5; Alemanha - 22,1 ou Holanda - 22,1),
2)
A ser dos que trabalham menos horas (1.440 hrs contra uma média na OCDE de 1.662 e na UE19 de 1.619. Note-se os valores para países como a Dinamarca - 1.680; a Alemanha 1.765; a Holanda - 1.659; a Noruega - 1.688 ou a Suécia - 1.767),
3)
A ser dos que, em topo de carreira, ganham mais dinheiro em termos absolutos ( 51.552 dólares em paridade de poder de compra, o que compara com 43.289 na Austrália, 49.634 na Dinamarca, 43.058 em Inglaterra, 49.155 em França, 38.525 na Grécia, 36.264 na Islândia, 40.934 em Itália, 40.785 na Noruega ou 38.760 na Suécia),
4)
A ser igualmente dos que mais ganham em termos relativos, por relação ao PIB per capita (os portugueses ganham 1,58 vezes mais, o que compara com uma média OCDE de 1,34 e uma média UE19 de 1,31. Outros valores comparativos - USA - 0,98; Suécia - 0,98; Noruega - 0,72; Islândia - 0,95; França - 1,1 ou Grécia - 1,18).
Tudo disponível no
Education at a Glance 2008: OECD Indicators, relatório de Setembro de 2008, que, inexplicavelmente, ainda não vi ninguém explorar devidamente.

2 comments:

aix said...

Acresce que os comentários a esse texto são de tal pobreza que ainda lhe dão mais valor: um escreve "geito" (será profe?)outro acusa-o de inveja (então é porque estão bem), outro diz que trabalha 50 horas por causa dos objectivos!!!Uma pobreza de argumentos

Rui Fonseca said...

Francisco, bom dia!

Pelo teu blog, sei que viste "Amália". Ainda não vi.

Ouvi, entretanto, que a família discorda de alguma abordagem de carácter que é feita de Amália e de familiares seus. Não sei se têm razão. De qualquer modo é um tema que merece reflexão: Em que medida pode ser consentido a um filme (ou a um romance) distanciar-se da realidade?

Há tempos houve uma polémica, a propósito de um romance de Vargas Llosa (O paraíso na outra esquina)que tem Gauguin como personagem central. A bisneta do pintor, que vive em Portugal, terá recusado encontrar-se com VLlosa, acusando-o de ter deturpado a realidade.

VLlosa respondeu que não escreveu história mas um romance.

Sempre me pareceu que se trata de uma falsificação consentida: a de se arrogarem os romancistas o direito de recrearem a seu modo a vida de figuras públicas. Com um grande perigo: O de passar a ser história o que não passa de um romance.

O exemplo mais conhecido, e materialmente mais compensador, foi certamente o "Código de da Vinci". Estou conven ido que a esmagadora maioria engoliu a história como cem por cento verdadeira.

Que te parece?