Saturday, December 06, 2008

PONTO DA SITUAÇÃO

Shall We Call it a Depression Now?
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Robert Reich
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Today's employment report, showing that employers cut 533,000 jobs in November, 320,000 in October, and 403,000 in September -- for a total of over 1.2 million over the last three months -- begs the question of whether the meltdown we're experiencing should be called a Depression.We are falling off a cliff. To put these numbers into some perspective, the November losses alone are the worst in 34 years. A significant percentage of Americans are now jobless or underemployed -- far higher than the official rate of 6.7 percent. Simply in order to keep up with population growth, employment needs to increase by 125,000 jobs per month.Note also that the length of the typical workweek dropped to 33.5 hours. That's the shortest number of hours since the Department of Labor began keeping records on hours worked, back in 1964. A significant number of people are working part-time who'd rather be working full time. Coupled with those who are too discouraged even to look for work, I'd estimate that the percentage of Americans who need work right now is approaching 11 percent of the workforce. And that percent is likely to raise.When FDR took office in 1933, one out of four American workers was jobless. We're not there yet, but we're trending in that direction.Consumers will tighten their belts even further. Even if they have a full-time job, they're witnessing these job losses or hourly declines all around them and wondering if their job could be next on the chopping block. Their indebtedness is still high, by historic standards. And many are worried as well about their mortgage payments. So consumer spending is also falling off a cliff.Two things are needed: First, the massive Treasury bailout of the financial industry must be redirected toward Main Street -- loans to small businesses, distressed homeowners, and individuals who are still good credit risks. Second, a stimulus package must be enacted right away. It needs to be more than $600 billion -- which is 4 percent of the national product. It should be focused on job creation in the United States -- infrastructure projects as well as services. Construction jobs are critical but so are elder care, hospital, child care, welfare, and countless other services that are getting clobbered. Service businesses accounted for two-thirds of the job cuts in November, meaning that the weakness in labor markets has shifted from the goods-producing sector of the economy to the far larger services sector.

2 comments:

A Chata said...

Pode até ser presunção minha mas, não consigo entender o "espanto" perante a profundidade e duração da crise afirmado por economistas, comentadores, analistas (whatever).

Já há uns 2 ou 3 anos que os sinais de que isto ia acabar mal estavam aí.

Deslocação de emprego para a Ásia.
Era (e continua a ser) raro o dia em que não se ouvia ou lia mais uma fabrica que fechou, mais uma empresa que resolveu abrir uma unidade de produção na China ou na India e nais umas centenas de pessoas desempregadas nos EUA e Europa (nos países ditos desenvolvidos).
E não é só o pessoal menos qualificado, são engenheiros, informáticos, técnicos, médicos e até advogados.
A própria Microsoft afirmou recentemente que os engenheiros chineses formados em universidades chinesas estão mais bem preparados que os engenheiros chineses que tiveram formação na Europa ou EUA e são esses que têem emprego nos 6 centros que possui na China.

Há 2 ou 3 anos, pelo menos, que noticias sobre o endividamento excessivo e diminuição da poupança nos chegavam dos EUA e Europa.
As populações compravam carros, casas, viagens, LCDs, comida com os 'cartõezinhos' fornecidos pelos bancos e pediam empréstimos pessoais para os pagar e ao mesmo tempo os níveis de salarios eram cada vez mais baixo, a precariedade do emprego era cada vez mais a norma e o desemprego continuava a subir.

Entretanto, no meio disto, o sector financeiro anunciava lucros fabulosos (com prémios milionários para os gestores) e fomentava o endividamento todos os dias de particulares (para manter o consumo) e de empresas para continuarem a fazer negócios da China.

Esperavam o quê?

Os famosos 'crescimentos económicos' da última década traduziram-se em mais alguns bilionários, países falidos, empresas falidas/fechadas e populações, cada vez mais, à beira da miséria.

Tambem acho piada quando querem fazer comparações, primeiro com a crise de 80, depois com a crise 29/30 para finalmente admitirem que esta é muito pior.
Já que gostam tanto de números tomem atenção à diferença de números de população envolvida,

Há outra coisa que me faz rir, é a preocupação com o proteccionismo que pode ser adoptado pelos Estados
e, até, com a possibilidade do levantamento de barreiras alfandegárias.
Olhem bem para as etiquetas do compram.
Made in China, Made in India, Made in Brasil e os nossos países fazem o quê?
Os nossos países importam (por enquanto) e começam a não ter a quem vender.
Levantem barreiras alfandegárias e a China volta-se para o mercado interno (coisa já decidida no último comgresso do partido/governo Chinês) e começa a cobrar as dividas aos países devedores.
Proteccionismo?
A que empresas a que sectores de produção?
Aos que estão (alguns já engolidos) na China e na India?

Costuma-se dizer que a curiosidade matou o gato, neste caso, a ganância vai matar o homem.

Rui Fonseca said...

Minha Cara Amiga,

Até agora, não tenho visto defendida a tese que a minha cara Amiga defende: a globalização está na origem desta crise que promoveu a China e despromoveu o Ocidente.

Também não tenho visto quem (poíticos, entenda-se) defenda o levantamento de barreiras alfandegárias como forma de resolver, ou ajudar a resolver, a crise.

Estarão todos errados?

A China tornou-se um grande produtor mas também um grande importador. Ainda recentemente, todo o mundo se apoquentava ou rejubilava, consoante os casos, com os crescimentos dos consumos chineses e indianos.

Por que é que foram reabertas as minas de Aljustrel? Porque subiu o consumo do zinco e do cobre impulsionado pelos chineses.

Por que é que estão agora em dificuldades? Porque os chineses, em consequência da crise, que também os atinge, estão a consumir menos.

Não se deduza daqui que advogo um mundo continuadamente a crescer através do consumismo exacerbado. Mas, até prova em contrário, o comércio livre promove o crescimento global e a paz entre os povos.

As razões desta crise são outras, que teriam existido mesmo sem os excedentes comerciais chineses e os défices ocidentais.

Repare que a Alemanha, que não enfrenta défices comerciais, bem pelo contrário, está também a ser afligida pela crise.

Crise que é, sobretudo minada pela crise de confiança que se instalou no sistema financeiro a nível mundial.

Parece pouco? Mas foi uma enormidade.