Rajoy sube el IVA del 18% al 21% y suprime una paga a los funcionarios
El IVA reducido sube también del 8% al 10% como parte de un paquete de medidas económicas para ahorrar 65.000 millones
El Gobierno reducirá un tercio el número de concejales y fijará el sueldo de los alcaldes - El País
Com o mal dos outros podemos nós bem, é, das sentenças populares, a que melhor revela o egoísmo que em doses variáveis se aloja na idiossincrasia de cada indivíduo. Salvo os casos de ocorrência de situações de moléstia contagiosa a dar a volta ao mundo, a condição humana, reage, quando reage, na razão inversa da distância física que separa os isentos dos apoquentados. Ainda que a tecnologia de hoje nos traga a casa, em tempo real, imagens de gente aflita em cada canto do mundo, a torrente de desgraças é tão forte que, por defesa instintiva, vemos mas apenas remotamente e por breves instantes sentimos o que vimos. É esta dose variável de egoísmo que, extrapolada para as sociedades, as inclina para os desequilíbrios e os confrontos que fazem a parte negra da história da humanidade.
Os espanhóis vão pagar mais IVA? Toca a todos. E sorte têm eles de só pagarem 21%!
Os funcionários públicos receberão menos um mês de salários? Cá cortaram dois.
Os juros da dívida não param de subir? Quem os mandou também gastar tanto?
Os bancos estão em apuros? Onde é que não estão?
Cameron e Hollande concordaram numa UE a duas velocidades? Só duas?
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Cameron e Hollande concordaram numa UE a duas velocidades? Só duas?
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Consoante o vizinho, assim a reacção. De um lado, os portugueses sentir-se-ão menos deprimidos porque passam a estar mais acompanhados no infurtúnio; do outro, os franceses, enchem o papo de ar por empraceirarem ao lado da Alemanha no financiamento a custo do zero da sua dívida soberana. Os alemães emproam-se nas águas das virtudes calvinistas.
O que todos, estes e os restantes, parecem, além do mais, desconhecer é que o mal é mesmo contagioso, que a Espanha detem o recorde de desemprego mundial, que os espanhóis há muito aprenderam a matarem-se uns aos outros, e que se persistir a prevalência do egoísmo na União Europeia, se não for percebido que com o mal dos outros não podemos nós bem, a moléstia dizimará o grupo.
Hoje sabe-se que medidas podem suster a crise. O que não se sabe é se e quando os protagonistas decidirão tomá-las.
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Correl. - Há cerca de um mês, Joseph Stiglitz classificava como "voodoo economics", (designação perjurativa da política adoptada pela administração Reagan nos EUA na década de 80 do século passado, a concessão de créditos para a recapitalização dos bancos (no caso, espanhóis): Stiglitz está convencido de que o plano de emprestar dinheiro a Espanha para fortalecer seus bancos pode não funcionar. Stiglitz diz que o governo e os credores do país estarão, na realidade, apenas apoiando-se uns aos outros, não garantindo soluções de longo prazo para a crise em curso. (aqui)
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