"Não existe democracia na Madeira, isto é uma fantochada, é uma sessão do PSD-M, fui expulso como um cachorro, humilhado por uma polícia que devia estar ao serviço dos portugueses"... "A polícia deve estar ao serviço dos portugueses e não dos gatunos do PSD e não estar ao serviço da canalha do PSD-M."
A cena (vd. aqui) é tão caricata quanto revoltante: O deputado regional da Madeira J M Coelho, useiro e vezeiro em atitudes de escárnio ao governo da região e muito particularmente ao seu presidente de quase sempre, foi mais uma vez expulso de uma assembleia, desta vez esperneando ao colo de um polícia da brigada de intervenção rápida.
O senhor J M Coelho não é mais do que um discípulo travesso do mestre em provocações e insultos que governa a Madeira há trinta e quatro anos. Comparado com o seu mestre, J M Coelho é um traquinas menor, um pobre diabo que jamais conseguirá surripiar qualquer migalha de poder aos senhores da Ilha.
Mas o que da cena de ontem me motivou a escrever esta nota não foi, no entanto, nem a repetição da expulsão pela força do deputado da assembleia regional madeirense, nem o burlesco espernear do expulso ao colo da polícia de intervenção rápida, nem a falta do mínimo estremecimento do convidado conferencista constitucionalista com a derrogação da democracia na Ilha, nem o servilismo regional que continua a resguardar AJ Jardim dos seus atropelos constantes. Nada disso é novo, e a banalização enferrujou as dobradiças das portadas democráticas, que nunca foram abertas.
O que me motivou a escrever esta nota é a persistente atonia dos partidos da oposição na região que, por falta de presença, deixam o palco livre para as tropelias do Coelho na fita infindável que somos, os cubanos do contenente, chamados também a pagar, e que tem como protagonista vitalício o fumador de habanos AJJ.
No comments:
Post a Comment