Wednesday, October 07, 2009

END THE PIB - 2

Ainda que os indicadores económicos careçam frequentemente de alguma fiabilidade para sustentarem conclusões irrebatíveis, mesmo quando formulados em relatórios de origens insupeitas, como é o caso do relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD, este sugere leituras interessantes.
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Pegando no quadro que ontem coloquei aqui (e que só é legível se for ampliado, clicando sobre ele) e no quadro homólogo publicado há dez anos (Human Development Report 1999), primeiro relatório do PNUD: Os dez primeiros lugares do ranking do índice de desenvolvimento humano -IDH - que em 1999 (dados de 1997) eram ocupados pelo Canadá, Noruega, Estados Unidos, Japão, Bélgica, Suécia, Austrália, Holanda, Islândia e Reino Unido, passaram a estar ordenados no relatório de 2009 (dados de 2007) do seguinte modo: Noruega, Austrália, Islândia, Canadá, Irlanda, Holanda, Suécia, França, Suíça e Japão. Foram despromovidos os Estados Unidos (3º. em 1999, 13º. em 2009), a Bélgica (5º. em 1999, 17º. em 2009), o Reino Unido (10º. em 1999, 21º. em 2009). Ascenderam a Irlanda (20º. em 1999, 5º. em 2009), a França (11º. em 1999, 8º. em 2009), a Suíça (12º. em 1999, 9º. em 2009).
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Particularmente interessante é a leitura da última coluna do quadro colocado ontem, relativo ao ranking dos 38 países considerados como de "desenvolvimento humano muito elevado", que inclui Portugal na 34ª.posição, portanto à beira da despromoção.
É estabelecida nessa coluna a diferença entre as posições no ranking desses países segundo o PIB per capita em termos de paridade de poder de compra e as posições dos mesmos no ranking de IDH.
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Trata-se de uma diferença que avalia em que medida a riqueza gerada por uma sociedade se reflecte na disponibilidade de serviços de educação e saúde, aqueles que primordialmente garantem aos cidadãos níveis de desenvolvimento humano mais elevados. A uma maior diferença, positiva ou negativa, corresponde um maior desfasamento entre a riquesa (avaliada em termos de PIB) e a qualidade básica de vida em que essa riquesa é, ou não é, investida.
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São, a este título, flagrantes as diferenças positivas observadas na Austrália (20 posições), França (17), Japão (16), Islândia (16), Canadá (14), Espanha (12), Nova Zelândia (12) por oposição às diferenças negativas observadas nos Emiratos Árabes Unidos (menos 31), Qatar (30), Kwait (23), Brunei (24), Hong Kong (13), Singapura (16), Liechtenstein (18), Luxemburgo (9), Estados Unidos (4).
Para Portugal a diferença é de 8 posições positivas.
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Se não são surpreendentes as diferenças negativas observadas nos países produtores de petróleo do Médio Oriente, a inclusão de Hong Kong, Singapura, Liechtenstein, Luxemburgo neste grupo é, de algum modo, inesperada.

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