O estádio de Aveiro, um projecto de Tomás Taveira, custou 60 milhões de euros e, agora, está a custar 50 mil por mês à Câmara Municipal. O clube local joga lá duas vezes por mês e não consegue atrair mais que 3000 desportistas de bancada. Sendo insuportável continuar a drenar um valor tão avultado para manter uma infraestrutura sem préstimo relevante, a concelhia do PSD sugere destruição do Estádio de Aveiro se não for encontrada alternativa menos dolorosa.
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Não sabemos que prejuízos estão a causar as outras pérolas construídas para o Euro 2004, no tempo do Governo Guterres, quando as finanças do Estado consentiram estes e outros desmandos mas, muito provavelmente, a situação não será muito diferente se as contas fossem bem feitas.
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O mais espantoso, contudo, na proposta da concelhia do PSD não é a proposta de implosão do estádio mas a construção de um outro, supõe-se que no mesmo local, mais pequeno e polivalente para acolhimento de outras actividades desportivas. Espantoso porque, como uma criança que espatifa um brinquedo e pede, logo a seguir, outro ao pai que ele supõe sempre abonado, é dito com a maior naturalidade de um mundo de irresponsáveis.
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