Soube-se ontem que a Caixa Geral de Depósitos já tem um envolvimento no BPN da ordem dos três e meio mil milhões de euros, qualquer coisa que daria para pagar o novo aeroporto e ainda sobrar dinheiro.
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Ouvido o presidente da Caixa acerca da enormidade, o (i) responsável respondeu que o apoio da CGD ao BPN nada tinha de anormal, são operações frequentes entre bancos. Perguntado se a CGD não corria riscos, tornou o (i) responsável que não senhor, não havia riscos de qualquer espécie porque os empréstimos tinham o aval do Estado*. Assim, também eu, diria o amigo Banana.
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Algum tempo depois, num destes programas frente-a-frente, um dos participantes, deputada por um partido da oposição, escolheu como assunto inicial o buraco sem fundo em que se tornou o BPN. Ripostou o participante, deputado do Governo, que aquele não era assunto para ser discutido na televisão, o lugar próprio para interpelar o Governo era a AR, onde ambos têm assento. Quando, ninguém sabe. O que se sabe é que o BPN é um sorvedouro que já deveria ter sido estancado há muito, custasse o que custasse, porque sempre custaria menos do que esta sangria sem fim.
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Um dia, quando o buraco negro se alargar ao ponto de atingir dimensões insustentáveis, perceber-se-á que os contribuintes portugueses têm às costas uma carga insuportável que a CGD assumiu em seu nome a mando do Governo.
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