Tomou posse o 18º.
Dentro de dias tomam posse os adjuntos.
A conjuntura requeria um governo de maioria mas, ineludivelmente, Sócrates, que não queria negociar uma coligação, armou uma ratoeira tosca às oposições e estas caíram nela como tordos tontos. A partir de reuniões de circunstância, o nomeado PM obteve deles o que queria: nenhum se dispôs a negociar fosse o que fosse e todos rejeitaram coligações com o PS. Qual deles vai conseguir agora, sem cair no ridículo de se expor à interpelação jocosa de Sócrates, reclamar das consequências da autosuficiência arrogante do PS em tempos de crise? Nenhum, a começar pelo principal opositor, o PSD. Tendo proclamado desde muito cedo que não estaria disponível para coligações, este PSD consentiu que o jogo passasse a decorrer junto da sua baliza quando a atitude inteligente teria sido chutar a bola para longe da sua grande área.
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A partir de agora, o Governo será um governo de gestão, tanto quanto as condicionantes externas o consentirem. Os professores verão as suas reivindicações geralmente atendidas, as corporações em geral voltarão a recuperar posições perdidas. Será um governo soft em tempos duros, se as reformas são difíceis com governos de maioria, porque toda a gente clama por mudanças desde que não lhe toquem nas bordas sequer, o governo minoritário vai esperar que as oposições cedam às tentações de o derrubar para reclamar a seguir uma maioria absoluta.
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Que estará sempre ao seu alcance desde que até lá a sua popularidade não se esvaia por uma veia reformista e o principal partido da oposição mantenha a garridice de um botequim às quatro da madrugada.
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