"Unir Lisboa", um caderno de quatro páginas promocionais da imagem de António Costa e da sua equipa na câmara municipal de Lisboa, foi ontem distribuido conjuntamente com o Público (e presumo que com outros diários), com a mencionada, com grande evidência, intenção de "prestar contas aos lisboetas".
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Não é uma forma inédita de divulgação de resultados seleccionados e sucintos das autarquias, apoiados em fotografias, com destaque para o presidente. Muitas outras usam o mesmo meio, geralmente utilizando mais recursos das próprias câmaras municipais. E como, também nestas coisas, os exemplos de cima são imitados abaixo, muitas juntas de freguesia fazem o mesmo. António Costa escolheu o papel de jornal e o encarte em jornais diários. É mais barato (para quem, não sei) e mais eficaz. Mas, claramente, não é uma forma isenta de prestar contas. Saldanha Sanches, que deu apoio à campanha eleitoral que elegeu a actual vereação e testemunha nestas quatro folhas a favor dos resultados conseguidos, sabe isso perfeitamente. É pena que a câmara de Lisboa se limite a adoptar os mesmos processos dos seus pares e não os desafie para uma prática menos promocional e mais esclarecedora.
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Em todo o caso, ficamos a saber que quanto ao "parque edificado devoluto, (que) constitui um dos grandes problemas da cidade de Lisboa e um dos maiores travões à conservação e reabilitação urbana, está tudo programado para colocar no mercado os 600 edifícios devolutos que são públicos. Foi negociado um grande empréstimo para investir exclusivamente na reabilitação tendo-se posto a funcionar a primeira comissão de arrendamento". Percebe-se, portanto, que a Câmara se vai endividar para construir e aumentar a sua participação no mercado do arrendamento como senhorio. Seguramente, o maior.
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E a maior asneira, seguramente.
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