Ouço Ângelo Correia na televisão a continuar o discurso "Pontal" e pergunto-me porque não se candidatou ele à liderança do PSD, opondo a sua estratégia de inquietação permanente à táctica do silêncio de Ferreira Leite. Porque ele sabia, todos sabiam, que o perfil de Ferreira Leite não se enquadra em cenários de febra assada. À pergunta de Mário Crespo acerca do bloco central, eventualmente em vias de montagem, Ângelo deu outro salto na cadeira, e respondeu categoricamente que isso revoltaria o partido.
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Daí a pouco, Teixeira dos Santos anunciava que não há margem para aumentos de salários na função pública no próximo ano. Ano de legislativas.
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Estarão os Ângelos desta terra realmente convencidos que o actual governo se dispõe a imolar-se, realizando os "dirty jobs", para lhes entregar sem contrapartidas o terreno limpo?
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Se não, o que querem os Ângelos?
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