Wednesday, June 25, 2008

O ESTADO DOS TÁXIS


Táxis vão aumentar os preços já em Ju lho
O sistema tarifário dos táxis vai sofrer uma mexida já em Julho, que se vai manter até o final do ano. A medida faz parte do pré-acordo a que o sector chegou hoje com a Secretaria de Estado dos Transportes e que deverá ser assinado amanhã à tarde. Os aumentos serão na ordem dos cinco por cento. (Público online)
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Quando, há uma semana, chamámos o táxi que nos costuma levar ao aeroporto, a conversa com o motorista encaminhou-se para os preços autorizados para os táxis depois das notícias que ouvimos na rádio a propósito dos bloqueios dos camionistas reclamando gasóleo mais barato. E, obviamente, gasóleo mais barato é também o que reclamam os homens dos táxis. Porque, argumentava o interessado, há mais de um ano que os preços não eram revistos. Com todos os aumentos de gasóleo que, entretanto se tinham observado, o negócio estava pelas ruas da amargura. E deve estar.
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Perguntei: Mas porque carga de água se mete o Estado na fixação do preço dos táxis? Por que bulas têm os taxistas que aguardar que o Estado considere, calcule e despache aumentos?
Percebe-se perfeitamente que alguém estipule uma tabela, caso contrário as situações de logro e abuso praticadas por alguns multiplicar-se-iam impunemente. Mas, argumentei eu, os profissionais dos táxis têm uma associação, por que é que a associação não assume o papel de regulador e fixa ela própria as tabelas? O motorista não soube responder. Sabe, disse ele, sempre foi assim, é difícil ser de outra maneira.
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Ficámos por ali. Sai hoje a notícia que o Estado deu luz verde para um aumento de cinco por cento. Por quê o Estado? Há 33 anos, em consequência da nacionalização dos mais importantes grupos operadores rodoviários do país, o Estado passou a deter, entre outras actividades, a exploração da água de Caneças, uma barbearia, e, salvo erro, alguns táxis. Da barbearia e da água de Caneças já abdicou. Pelos vistos continua, a contento de todos, envolvido no negócio dos táxis.
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Contra mim falo: Afinal se em contrapartida da intervenção no negócio o Estado conceder algumas vantagens ao táxistas, e por tabela o que nos leva ao aeroporto, o preço será mais baixo, e a minha vantagem que a pague quem anda de combóio. Ou a pé.

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