Sunday, June 15, 2008

ACERCA DO FIM DO TRABALHO

O comentário de António chamando-me a atenção para a directiva da Comissão Europeia, em discussão, acerca dos limites máximos de carga horária semanal interessou-me a saber mais alguma coisa sobre o assunto. Encontrei em 20 minutos uma explicação sucinta mas bastante elucidativa do que está em causa e das razões pelas quais a questão está em discussão. Transcrevo abaixo uma parte desse texto, precisamente aquela que me parece mais pertinente para analisar a causa das coisas.
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Há dois aspectos aparentemente contraditórios que, precisamente por essa contradição aparente, explicam também aquilo que me parece que, a longo prazo, se tornará o aspecto mais revolucionário (em todos os sentidos do termo) da vida das gerações vindouras: o fim do trabalho.
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Pode parecer bizarro que, numa altura em que a Comissão Europeia se prepara para enviar à aprovação do Parlamento Europeu uma directiva que permite o alargamento da carga horária semanal, quando negociada entre empregador e empregado, até ao limite máximo de 65 horas semanais, alargando substancialmente o período de 48 horas que é norma desde 1993, alguém se lembre de voltar a uma questão, geralmente tomada como arrumada, do fim do trabalho.
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E, no entanto, é incontestável: 1) que a produtividade do trabalho é menor onde são maiores as cargas de trabalho (Portugal, segundo esta explicação do 20 minutos terá o segundo pior índice, a seguir à Polónia, na União Europeia) 2) o alargamento previsto atinge aqueles com menor capacidade de negociação numa relação reduzida a empregador e empregado, fora do âmbito das negociações colectivas.
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Não é difícil, portanto, perceber que a cedência do empregado a uma carga de trabalho superior à normal dever-se-á, salvo casos muito específicos, à falta de trabalho. Porque é do facto da oferta de trabalho (pelos trabalhadores) ser superior à procura (pelos empresários) que coloca os primeiros em situação desfavorável relativamente aos segundos, obrigando-os a condições de penosidade que a directiva procura limitar.
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(...)
22. ¿Trabajar más horas supone más productividad?
No. Los países europeos con mayor productividad son aquellos en los que se trabaja menos horas, tal y como han revelado numerosos informes recientes, entre ellos, uno de la OIT, y el
Euroíndice de Adecco y la escuela de negocios IESE. Al trabajar más horas, tiende a disminuir el aprovechamiento que se hace de cada una de ellas. Una mejora en la eficiencia puede llevar a reducir la jornada de trabajo, sin que se produzca una caída en la producción.
Los países europeos con mayor productividad son aquellos en los que se trabaja menos horas
23. ¿Cómo es la relación entre productividad y horas trabajadas en España y en Europa?
Polonia tiene la jornada laboral más prolongada (40,1 horas por semana) y la menor producción por hora (19 dólares internacionales). En segundo lugar se encuentra Portugal, con la segunda jornada más larga (39,1 horas) y el segundo menor aprovechamiento de cada hora trabajada (24,6 dólares).
España, con una de las mayores jornadas, es el tercer país que menos rendimiento obtiene por hora trabajada: de cada una de las 38,3 horas por semana que trabaja de media cada ocupado español se obtiene un valor añadido de 33,7 dólares.
Por otra parte, los tres países con jornadas medias más breves (Holanda, Alemania y Bélgica) se encuentran entre los cuatro en los que la productividad por hora trabajada es mayor. La productividad de Bélgica es un 54% más elevada que la de España y casi el triple que la de Polonia.
24. ¿Cuánto se trabaja en otros países?
Según
datos de la OIT , una de cada cinco personas en el mundo trabaja un número excesivo de horas. Perú encabeza la lista, con un 50,9% de empleados trabajando más de 48 horas a la semana. Le siguen Corea del Sur (49,5%), Tailandia (46,7%) y Pakistán (44,4%). En general, se trabaja más horas en los países en vías de desarrollo, debido a la progresiva “terciarización” de sus economías (la expansión del sector de servicios) y al empleo sumergido, así como al hecho de que los bajos salarios hacen necesarias jornadas más largas para llegar a fin de mes.
En los países desarrollados, la proporción es del 25,7% en el Reino Unido, 25,5% en Israel, 20,4% en Australia, 19,2% en Suiza, y 18,1% en EE UU. Los datos son del año pasado.
25. ¿Nos acercamos al modelo estadounidense?
Sí, aunque todavía estamos lejos. En EE UU los empleados trabajan de media 41 horas semanales y sólo tienen dos semanas de vacaciones al año. En 2005 el número total de horas trabajadas en el país norteamericano fue un 15% superior a la media de la UE. A mediados de los 70, los europeos trabajaban más horas que los estadounidenses, pero la tendencia empezó a cambiar en los 80. En EE UU, al igual que en Japón o en Australia, el tiempo límite de trabajo más allá del cual hay que empezar a pagar horas extra no está reglamentado específicamente en la ley.
26. ¿Qué consecuencias negativas puede tener una semana laboral de 60 ó 65 horas para el trabajador?
Aparte de una posible reducción en la productividad, las jornadas laborales excesivas incrementan el riesgo de accidentes laborales y enfermedades, así como el coste que ello ocasiona a los trabajadores, a los empleadores y a la sociedad en general. También puede suponer una menor calidad en el servicio, debido al cansancio del trabajador.
Por otra parte, la posibilidad legal de trabajar más horas incide en una mayor dificultad a la hora de conciliar la vida laboral con la familiar, y aumenta la brecha entre hombres y mujeres:
los hombres tienden a trabajar una mayor cantidad de horas que las mujeres, ya que éstas siguen siendo las principales responsables de realizar un trabajo no remunerado en los hogares.
(...)

10 comments:

A Chata said...

Exportou-se o trabalho para países com mão de obra barata e agora a Europa, perante a população desempregada não encontra outra solução, senão, baixar os nivel de rendimentos e as condições de trabalho para igualar a desses países.


Sabia que já rxiste "outsourcing" da India para os EUA e não só?

Growing wealth gives India its own chance to try outsourcing
Last updated October 1, 2007 7:21 p.m. PT

Companies now have back offices in U.S., Mexico and China
By ANAND GIRIDHARADAS
THE NEW YORK TIMES

MYSORE, India -- Thousands of Indians report to Infosys Technologies' campus here to learn the finer points of programming. Lately, though, packs of fair-skinned foreigners have been roaming the manicured lawns, too.
Many of them are recent U.S. college graduates, and some have even turned down job offers from coveted employers such as Google. Instead, they accepted a novel assignment from Infosys, the Indian technology giant: Fly here for six months of training, then return home to work in the company's American back offices.
India is outsourcing outsourcing.
One of the constants of the global economy has been companies moving their tasks -- and jobs -- to India. But rising wages here, a stronger currency, a demand for workers who speak languages other than English, and competition from countries looking to emulate India's success as a back office -- including China, Morocco and Mexico -- are challenging that model.
Many executives here acknowledge that outsourcing, having rained most heavily on India, will increasingly sprinkle tasks around the globe. Or, as Ashok Vemuri, an Infosys senior vice president, put it, the future of outsourcing is "to take the work from any part of the world and do it in any part of the world."
...
In May, Tata Consultancy Service, Infosys' Indian rival, announced a new back office in Guadalajara, Mexico; Tata already has 5,000 staff members in Brazil, Chile and Uruguay. Cognizant Technology Solutions, with most of its operations in India, has now opened back offices in Phoenix and in Shanghai, China.
Wipro, another Indian technology services company, has outsourcing offices in Canada, China, Portugal, Romania and Saudi Arabia, among other locations.
...

And in August, Wipro said it was opening a software development center in Atlanta that would hire 500 programmers in three years. In a reflection of outsourcing's new face, Wipro's chairman, Azim Premji, told Wall Street analysts earlier this year that he was considering hubs in Idaho and Virginia, in addition to Georgia, to take advantage of American "states which are less developed." (India's per capita income is less than $1,000 a year.)

...

Gostaria de entender melhor essa teoria do fim do trabalho.
Como se garante as necessidades básicas, como a alimentação e água potável, para 6 biliões e tal de seres humanos (número que continua a aumentar) num sistema desses?
Disse algures que as pessoas teriam que pagar para trabalhar.
Os rendimentos para esse pagamento viriam de quê?

Rui Fonseca said...

Minha cara amiga,

Aquilo a que chama exportação do trabalho só teria uma alternativa: manter as fronteiras alfandegárias.

A teoria económica defende há muitos anos, contudo, que com a liberalização do comércio ganham todos. Não é bem assim, mas quase. Os resultados têm de ser vistos em termos globais. Individualmente, há perdedores. Assim como nem todos são ganhadores do mesmo modo.

A globalização, que tem efeitos negativos, sem dúvida, é, por outro lado, uma forma de válvula de escape à guerra entre os povos. Hoje seria inconcebível um mundo com fortificações à maneira da Idade Média.

Por outro lado tem vantagens. O mundo ociedental tem usufruido de um crescimento de preços muito baixo nas últimas décadas em virtude dos fornecimentos chineses, por exemplo.

Mas os chineses não são apenas fornecedores. São também compradores. E, paradoxalmente, foi quando se tornaram grandes compradores (comprando trabalho no sentido em que o usa) é que se começaram a colocar problemas à economia global. Em Portugal, temos minas que foram reabertas depois de muitos de inactividade. Porquê? Porque os chineses estão no mercado a comprar cobre e zinco, etc.

Quanto aquela hipótese do pagar para trabalhar não vai chegar tão cedo, descanse. Mas já temos umas amostras por aí. Quando nos queixamos que se arrancam as vinhas porque pagam ( a UE) para as arrancarem alguém paga (quem se move)para alguém estar parado.

"Sabia que já existe "outsourcing" da India para os EUA e não só?"

Há um livro que trata deste tema com grande desenvolvimento:

"A Terra é Plana" (The world is Flat) de Thomas L. Friedman.

http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=The+world+is+flat+&btnG=Pesquisa+do+Google&meta=

António said...

Caro Amigo,
Neste aspecto, dá para ver que estamos em lados opostos da barricada.
O significado de trabalho para cada um de nós, tem sentido diferente.Eu argumento com o meu:
Sabe o que é estar oito horas a trabalhar em cima de andaimes? Na construção de estradas, com chuva, lama ou calor de 40º e pó às toneladas? O que são para si oito horas em cima de um barco, a apanhar chuveiros, ensopado e constantemente a baloiçar? O que é um turno numa vidreira, ou numa mina?
Algumas destas coisas eu imagino, por proximidade, o que sejam.
Também sei o que são oito horas num escritório, com cafézinho, ar condicionado, e colegas boas por perto.
Aumentamos tudo para dez horas/dia.
Diga-me qual o corpinho e mente que pagará mais por essas duas horas.
Além disso, ainda é preciso considerar o aumento exponencial do risco de acidentes. O cansaço obtido ao fim de dez horas a martelar não é o mesmo que o obtido em dez horas a teclar. O martelo pesa mais. Ao fim do dia, qual será a disposição de cada um deles para uma boa relação familiar? No fim, quando ambos, o do escritório e qualquer dos outros for para a reforma, com a mesma idade, um parecerá pai do outro. Adivinhe qual.
Além disso, na maioria dos casos as regalias sociais entre um e outro são um disparate de diferença. Mas isso não conta para aqui.
Aqui, o que conta é que é muito fácil falar a vida dos outros, sem ao menos se imaginar numa situação parecida. Não haverá lugar a negociações colectivas para o aumento da carga horária. Serão abordados e confrontados individualmente e postos perante a situação, de assinas, ou então...
O que chama de "sistema económico" constatará,um dia, que os trabalhadores que assim estão tratando não terão, nem quererão gastar recursos que não têm a comprar os seus caríssimos produtos obtidos a partir de baratíssima e exploradíssima mão-de-obra.
Já me alonguei mais do que queria e só de tratar de assunto como este, fico cansado, não pelo esforço, mas pela agonia que me dá.
Tenha um bom dia.

António said...

Quando comentei este post, tinha lido, de esgelha o que você escreveu.
Não li, nem sabia da existência dessa coisa chamada vinte minutos, nem do que lá está escrito.
Agora, vejo que repeti muito do lá está escrito, mas aproveito para fazer uma correcção que, penso não estará muito mal.
Quando as estatísticas referem o valor horário de trabalhadores, por exemplo entre um Suiço e um Português, não consideram, talvez não lhes interesse, o valor da coisa produzida.
Por exemlo, se um Suiço produz, por dia um relógio que vale 500 euros e um Português produzir 5000 parafusos, todos iguais, que valem também 500 euros, a relação de preço unitário é uma enormidade! Mas se considerar o valor total das oito horas, ficamos empatados.
O mesmo se passa relativamente à nossa produção e carros de bois, com a produção de mercedes CLK.
As mesmas unidades diárias, o preço dos bens varia, influenciando o valor horário e a produtividade em €uros.

Rui Fonseca said...

Caro António,

O meu comentário não era um juízo de valor sobre a penosidade das horas de trabalho. Sei bem o que é isso desde pequenino.

A minha abordagem tinha que ver com a explicação para o facto de estar a ser alargado o limite máximo de horas de trabalho quando o que apoquenta é o desemprego. Se há desemprego deveriam existir menos horas de trabalho para o trabalho dar para mais gente, não?
Parece estarmos perante uma situação paradoxal, portanto, uma situação em que sucede o contrário, não acha?

E estamos, mas só aparentemente: Como o desemprego aumenta, a tentação para as negociações caso caso aumentam por aumento do poder negocial dos empregadores.

O que a União Europeia pretende evitar é que o candidato a um emprego seja coagido a aceitar condições que vão para além daquela situação limite.

É lamentável. Pois é.

Como vê talvez talvez não estejamos assim tanto em campos opostos quanto a este tema.

António said...

"O que a União Europeia pretende evitar é que o candidato a um emprego seja coagido a aceitar condições que vão para além daquela situação limite."

Não é só o candidato. Com os que já têm trabalho, vai ser igual. Vão-se aproveitar disso para pôr tudo igual.
Não sei quanto tempo vai demorar, mas vai ser assim e se tivermos em conta a presença de centrais sindicais fantasma, só para assinar, esse tempo vai ser encurtado.

De qualquer modo a "situação limite" é um limite muito alto.
Demasiado alto.
Às vezes, quanto mais alto é o salto, maior é o trambolhão.

A Chata said...

Quando falo de exportação de trabalho estou a referir-me ao 'job displacement', au 'outsourcing' tão em moda de alguns anos para cá.
Já leu concerteza o Made in India.

"Individualmente, há perdedores"

Ponha individuos nisso!
Basta olhar à volta.
Fome, endividamento, filhos de vinte e trinta anos que não conseguem sobreviver sem a ajuda financeira dos pais, desemprego...

Eu poria as coisas de outra maneira.
Para alguns individuos, foi uma mina. Fizeram-se e acrescentaram-se fortunas enormes.
Para a grande maioria da população do planeta a conversa foi outra.

Penso que grande parte dos economistas não tem grande conhecimento da natureza do ser humano.

Liberalizar para incentivar o investimento e acriação de riqueze que, supostamente, seria depois distribuída, fez crescer a riqueza de alguns e incentivou sobretudo a ganãncia.

"O mundo ociedental tem usufruido de um crescimento de preços muito baixo nas últimas décadas em virtude dos fornecimentos chineses, por exemplo."

E duma descida de niveis salariais tambem.
Não é estranho?

Mas olhe só como os preços
têem crescido nos últimos meses depois de estoirar a bolha.
Um consumo (crescimento) financiado por empréstimos, um dia tinha que acabar. Não será?

Quantos às minas, e às matérias primas que os chineses vão comprar aquilo que eles têem estado a fazer em África não me parece um sinal animador.

Resumindo, acho que estamos numa enrascada!

António said...

recebi hoje por e-mail

A Europa dos patrões

"A semana de trabalho de 48 horas era um direito social com 91 anos. De uma penada, a UE acabou ontem com ele. Agora, a semana de trabalho poderá ir até às 60 horas ou, no caso dos médicos e outros trabalhadores, até às 65.
E, sendo uma média, um trabalhador poderá mesmo ser convencido "livremente" pelo patrão a trabalhar até 78 horas por semana, o que representa mais de 11 horas por dia, domingos incluídos (ou, se o patronato for suficientemente generoso para continuar a "conceder" uma folga ao domingo, 13 horas por dia).
A proposta resulta de pressões antigas do Reino Unido, onde floresce a chamada "3.ª via socialista", e teve durante anos a oposição de França, Itália e Espanha, que constituíam uma minoria de bloqueio.
Com Berlusconi em Itália e Sarkozy em França, o novo "socialismo liberal" conseguiu levar por fim a sua avante e impor definitivamente a Europa dos patrões à Europa social.
Seguir-se-ão agora decerto os salários e as condições de higiene no trabalho. Com defensores dos direitos sociais como alguns partidos ditos "socialistas", para que são precisos partidos de Direita?"

Terá alguma coisa que ver com o tratado? O Tratado permite isto? Se não permitisse, não estavam com o trabalho de aprovar.

Rui Fonseca said...

Minha cara Amiga Achata (não para mim, os seus comentários serão sempre bem vindos e os seus desacordos estimulantes),
Meu caro Amigo António,

O propósito do meu post era salientar o paradoxo que resulta do facto de estar para ser submetida à aprovação do Parlamento Europeu uma directiva que estabelece um limite máximo de trabalho muito superior ao que está neste momento em vigor, quando o desemprego aflige de uma meneira geral as sociedades e nomeadamente a europeia.

E encontrar uma explicação.

Posso estar certo, posso estar errado, mas nada tem a ver com a defesa da directiva em termos éticos ou morais.

Claro que concordo com o António quando ele diz que a breve trecho a directiva irá ser também usada contra aqueles que estão empregados.
E, concordo, aplicando exactamente o mesmo racicínio.

Se vivessemos uma época de pleno emprego,naturalmente que a força negocial penderia para o trabalhador que passaria a poder negociar mais ordenado e menos horas de trabalho. Como vivemos numa situação contrária o empregador usará a força negocial que está do seu lado para impor aos que com ele já trabalham menos aumentos salariais e, eventualmente, mais horas de trabalho.

Num mundo cada vez mais globalizado
não vejo como pode inverter-se esta tendência. Até ao ponto em que se restabeleça um equilíbrio num patamar económico e sociológico muito diferente daquele que caracteriza o mundo actual.

Porque não vejo que a "albanização"
generalizada dê melhores resultados.Ninguém nos impede de sairmos da União Europeia, voltarmos ao escudo, e erguer barreiras alfandegárias.

Poderíamos viver melhor dentro de uma fortaleza, mesmo que essa fortaleza tivesse as muralhas à volta da União Europeia actual, ou mais restrita?

Não viveríamos.

António said...

Caro Rui Fonseca,
""Como vivemos numa situação contrária, o empregador usará a força negocial que está do seu...""

O que me surpreende e me faz torcer o nariz a isto, é a atitude da UE ou da Comissão em fazer as vezes do empregador. Então estas coisas, ainda por cima nesta conjuntura, não podiam ser debatidas e negociadas, ou a certeza do Não por parte dos empregados impedia-o, ou desaconselhava-o?
O que me faz engulhos é a posição da Comissão ou de quem lá manda, ao assumir um papel que não é o seu.Ou é?
Terá havido alguma situação inversa?
Não faço ideia.