Friday, May 16, 2008

ONDE ANDA A OPOSIÇÃO?


Constâncio: crescimento no primeiro trimestre ficou “um pouco abaixo do que esperava”

Apesar dos números do primeiro trimestre, Constâncio defende que não há razões para mudar a actual política orçamental.
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, admitiu hoje que os valores do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, apresentados ontem pelo INE, ficaram “um pouco abaixo do que esperava”.“É realista adaptarmo-nos às novas circunstâncias”, disse, assumindo que o Banco de Portugal terá igualmente de rever as suas previsões em baixa (previsão actual é de dois por cento do PIB para este ano), tal como fez ontem o Governo, ao anunciar uma revisão do crescimento da riqueza para 1,5 por cento, contra os anteriores 2,2 por cento.À margem de uma conferência organizada pelo Banco de Portugal, o seu anfitrião não garantiu, como tinha feito em circunstâncias anteriores, que o crescimento português poderia ficar acima da média europeia este ano. “Vamos ver qual será a média europeia [Zona Euro]”, frisou. Constâncio afirmou ainda que não receia que haja uma recessão (dois trimestres consecutivos de crescimento negativo) e acredita que em Abril e Maio se possa verificar “alguma recuperação”. Em relação ao Orçamento de Estado aprovado pelo Governo, o governador defendeu que não há razões para mudar a política. orçamental.Ontem, o Instituto Nacional de Estatística anunciou que a economia recuou 0,2 por cento no primeiro trimestre do ano, em comparação com o trimestre anterior, e que cresceu 0,9 por cento na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Estes números obrigaram o ministro das Finanças a anunciar ontem uma revisão em forte baixa das previsões iniciais do Governo.
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Caro Tavares Moreira,
Decididamente dou-me mal com a unanimidade de opiniões mesmo quando embaladas em fina ironia. Daí a minha propensão para meter o bedelho quando vejo toda a gente de acordo.
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Pergunta o meu Amigo, a propósito do anúncio das revisões há muito reclamadas," onde pára a oposição?"

Quanto a mim é na dificuldade da resposta que temos de encontrar a complexidade da pergunta. Para não complicar a análise com um emaranhado de generalidades proponho a apreciação de um caso concreto. Porque, em termos gerais, geralmente estamos todos de acordo. O diabo está nos detalhes, já se sabe.
O governo reviu em baixa o crescimento económico, em alta a taxa de inflação, não mexeu no défice, e anunciou que não vai aumentar os salários da função pública. Podemos concordar ou discordar mas as opções são compatíveis. O que pode contrapropor a Oposição?
Aumenta os salários?
Reduz os impostos?
Deixa crescer o défice?
Dispensa (como?) mais funcionários públicos?
Corta no investimento?
Reduz o imposto sobre os combustíveis?
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Ou limita-se a dizer que a opção do governo está errada mas não diz mais nada?
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Peço-lhe que não retire das minhas questões intenções de apoio acrítico a este governo. Não tenho certezas. Ando por aqui o por ali a ver se aprendo alguma coisa. Só isso.

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