Saturday, May 17, 2008

POR 55,8 MILHÕES DE EUROS

In Triptych, 1976, Bacon draws on Ancient Greek mythology to express his personal tragedy. In the central panel Bacon alludes to the legend of Prometheus, who as a punishment from Zeus is bound to a rock where his liver is perpetually devoured by an eagle. It is also a modern day interpretation of Aeschylus’ famous trilogy The Orestia. To avenge the death of his father at the hands of his mother, Orestes commits matricide and is plagued by the three Furies, the manifestation of guilt. Here, in the central panel, the human form is plagued by three hybrid biomorphic vultures, symbolic of Bacon’s inner demons. At the zenith of his mature career, Bacon revisits the same Greek text that inspired Three Studies for Figures at the Base of the Crucifixion, 1944, a painting which announced his debut on the world stage. A parallel to that early masterpiece, the present work reveals in a single composition the entire range of Bacon’s iconography over three decades of painting. In either side panel, two ominous portraits, like propaganda posters, bear witness to the scene taking place, raised up on structures reminiscent of the rails used for movie-cameras. In the foreground, an imbroglio of human forms – half-dressed, half-naked – exhibit some the best paint-handling witnessed anywhere in Bacon’s oeuvre, contrasted against areas of bare canvas, Letraset and thick pools of white oil. In the right, two heads and a row of teeth emerge from the conflation of anatomical forms and flesh-coloured shadows.

http://www.artknowledgenews.com/Francis_Bacons_Triptych_1976.html

"O que é que eu quero de um quadro? Quero que ele espante, perturbe, seduza, convença" - Lucian Freud.

Não sei se é exactamente o mesmo o que querem todos aqueles que, crescentemente, investem em arte contemporânea fortunas em cada quadro que compram. A acumulação de riqueza a níveis inimagináveis para o homem comum também tem esta consequência: a de inflacionar de forma exponencial o valor das obras de alguns ícones das artes plásticas.

Até há quatro anos atrás, os dez quadros mais caros vendidos em leilão, eram:

1 - Rapaz com cachimbo - Picasso - 104,17 milhões de dólares - vendido em 2004

2 - Re trato do Dr. Gachet - Van Gogh - 82,5 - 1990

3 - No Moulin de la Galette - Renoir - 78,1 - 1990

4 - Massacre dos Inocentes - Rubens - 76,7 - 2002

5 - Retrato do Artista sem barba - Van Gogh - 71,5 - 1998

6 - Cortina, Cântaro e Fruteira - Cézanne - 60,5 - 1999

7 - Mulher de braços cruzados - Picasso - 55 - 2000

8 - Lírios - Van Gogh - 53,9 - 1987

9 - Mulher sentada num jardim - Picasso - 49,5 - 1999

10 - As bodas de Pierrette - Picasso - 49,2 - 1989

Desde então, transitoriamente, Dora Maar com Gato, de Picasso (1941) passou para o segundo lugar atingindo os 95,2 milhões de dólares (equivalentes, na altura, a 75 milhões de euros, em Maio de 2006. Um ano depois, Centro Branco (Amarelo, Rosa, Lavanda sobre Rosa) de Mark Rothko foi vendido por 73 milhões de dólares, valor recorde para artistas do pós-guerra. O recorde absoluto tinha passado, entretanto, a pertencer a Nº. 5, 1948 de Jackson Pollock que terá sido vendido por 140 milhões de dólares (110 milhões de euros, na altura), ultrapassando "Retrato de Adele Bloch-Bauer I" (1907) de Gustav Klimt, vendido por 107 milhões de dólares.

Nos tempos mais recentes têm sido, sobretudo, obras de artistas contemporâneos a escalar a celebridade e os proveitos dos que as criaram e dos que as vendem.

Na lista acima de preços nominais (aqueles das datas em que as transacções foram realizadas) a obra Tryptych de Francis Bacon vendido na última quarta-feira ocuparia o quarto lugar com o Dora Maar com Gato de Picasso . É obra!

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