Os agentes da Justiça em Portugal não param de nos surpreender. É rara a semana em que, por uma razão ou por outra, conselheiros, juízes, procuradores, delegados do Ministério Público, não façam constar que estão vivos e bem dispostos nos media do burgo.
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Hoje, destaca-se "a explicação inédita que o juíz-conselheiro Almeida Lopes deu ontem para o caso do saco "azul" do PS de Felgueiras, afirmando que as duas principais testemunhas de acusação - o empresário Joaquim Freitas e o ex-assessor da autarca Horácio Costa - se vingaram. E porquê: a autarca não aceitou consumar relações sexuais com nenhum deles. Os dois arguidos, que são simultaneamente duas das principais testemunhas de acsusação, desmentiram o magistrado.
"Sou levado a concluir que o senhor juíz-conselheiro faz muitas afirmações com base em conhecimentos indirectos", disse Horácio Costa. "Estou desiludido com o que ouvi e acho que as palavras do senhor conselheiro são impróprias e indelicadas para a própria Fátima Felgueiras", acrescentou. Joaquim Freitas foi ainda mais contundente:"Não estiva apaxonado por Fátima Felgueiras e não era a minha esposa, mas a do conselheiro qu tinha ciúmes da presidente da câmara." (...) Artur Marques, advogado de defesa de Fátima Felgueiras (...) lembrou ( ) que no processo em que Fátima Felgueiras se livrou da perda de mandato, no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, o depoimento do conselheiro jubilado "foi determinante" para absolvição da autarca. (...) Assumindo-se "vítima de vários crimes por parte das autoridades judiciárias", Almeida Lopes foi alvo de dois inquéritos, um que foi arquivado no Supremo Tribunal de Justiça (...) e foi também ilibado num processo disciplinar em que o instrutor considerou que "eram provas proibidas" as escutas entre ele e Fátima Felgueiras feitas no processo principal." -Público 2008/05/20
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Assim vai a justiça no país dos conselheiros-acácios. À conta do OGE, isto é, do nosso bolso.
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