A CMVM vai prosseguir a acção de supervisão sobre a KPMG, no sentido de apurar se a empresa de auditoria teve ou não responsabilidade nas irregularidades que terão sido cometidas pelo BCP na utilização de sociedades "off-shores" para financiar a aquisição de acções próprias.
Foi esta mesma informação que a autoridade de supervisão liderada por Carlos Tavares transmitiu ao presidente do conselho geral e de supervisão (CGS) e à comissão de auditoria e risco do BCP, numa carta enviada esta tarde.
Fonte oficial da CMVM confirmou ao Jornal de Negócios o envio desta missiva e a continuação da investigação, uma vez que a KPMG disponibilizou ao supervisor um "vasto conjunto de elementos cuja análise está em curso e que ainda não permitem tirar conclusões". O objectivo da entidade de supervisão é perceber se a empresa que audita as contas do BCP há mais de uma década teve conhecimento da utilização irregular de "off-shores" ou se deveria ter tido no âmbito das suas competências.
O objectivo inicial da instituição liderada por Carlos Tavares era ter conclusões preliminares sobre o papel da KPMG antes da assembleia geral do BCP, que tem lugar esta terça-feira. No entanto, a CMVM acabou por não ter condições para concluir se aquela empresa deve ou não ser responsabilizada.
Na AG, os accionistas do BCP são chamados a eleger o auditor e o revisor oficial de contas (ROC) do banco. A KPMG é o candidato proposto pelo CGS e a única empresa proposta para aqueles cargos, já que o presidente da mesa da assembleia, António Menezes Cordeiro, recusou uma proposta de Pedro Teixeira Duarte que avançou com a candidatura da Deloitte.
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