É indisfarçável que este Governo usa e abusa de fogo de artifício, e, de vez em quanto, rebentam-lhe nas mãos alguns foguetes.
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Mas é também evidente que alguma coisa tem sido reformada, e até alguns adversários reconhecem e lamentam não terem, quando tiveram oportunidade de o fazer, de alterar o que deviam. Também é verdade que, como dizia há dias Campos e Cunha, se não estamos melhor é porque muitas intenções anunciadas não têm passado disso.
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Hoje, é notícia a abertura de um tipo de lojas do cidadão especializado na formalização simplificada de compra e venda de casas para habitação. Toda a gente, que já algum dia se meteu nessas andanças, sabe o calvário que teve de percorrer, as burocracias e as más caras burocráticas que teve de enfrentar.
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Referi-me a um desses casos em um "post", aqui no Aliás, há já alguns meses, (SEX IN BLACK), relatando o confronto com uma notária. Mas as idas e vindas às Conservatórias do Registo Predial (duas, porque tinham desdobrado a antiga e não sabiam para qual das novas tinham enviado os processos do local onde eu possuía uma casa) davam para contar outras histórias de terrorismo burocrático.
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Estão a reagir a Ordem (as ordens são reaccionárias, por definição) dos Notários e o Sindicato dos Não Percebi Bem. Tudo normal para o vírus corporativo que está encapsulado no corpo social português e, como o herpes, dá sinal de si quando a temperatura aumenta.
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