Luís Campos e Cunha escreve hoje no Público: "Globalmente, a situação da economia está, sem margem para dúvida, a melhorar, e disso deu nota o Banco de Portugal. E só não estamos melhor porque uma parte das reformas está no tinteiro. O corte dos impostos que todos (mas mesmo todos) estão à espera (mas não significa que apoiem) em 2009 serão uma anfetamina numa economia em franco crescimento. Tudo o que não devia ser feito. Quem teima em não querer conhecer a história, está condenado a repeti-la, infelizmente."
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Temos, portanto, mais um reputado economista a desaconselhar o corte de impostos. Contra Miguel Frasquilho e outros reputados economistas.
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As variações de posições sobre um tema entre economistas é uma constante. A mim, ocorre-me sempre, nestas circunstâncias, fechá-los em conclave para discussão até à exaustão e consenso. Talvez, deste modo, se apurasse a ciência económica. Como naquela dos dois que se julgavam Napoleão.
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Num ponto, pelo menos, estou do lado dos que consideram que há vida para além do déficit mas não é lá grande coisa (Manuel Ferreira Leite) e que a glosada e gozada afirmação de Sampaio é destituída de conteúdo (Luís Campos e Cunha). Daí não se poderem cortar impostos sem se cortar noutra coisa qualquer. E é nesta inevitabilidade de cortar outra coisa qualquer que a porca torce o rabo e alguns preferem ignorar ou vão deixando no tinteiro.
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