O euro está hoje a ultrapassar a barreira de 1,38 dólares. Ao mesmo tempo continuam a subir as cotações do crude. Não fosse a valorização do euro e os preços dos combustíveis teriam disparado. Mesmo assim há muita gente a queixar-se e alguns, menos avisados, a concluir que, se não estivessemos no euro, os preços não subiriam tanto.
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Por incrível que pareça, a generalidade das pessoas compara os preços actuais com os preços em escudos de 2001 e conclui que os preços estão a subir como nunca. Outras, que se esquecem que a inflação corresponde a uma desvalorização da moeda, insistem em acreditar que os preços nunca subiram tanto como depois da entrada do euro, quanto é certo que o euro atingiu um máximo preocupante contra o dólar, colocando dificuldades às exportações. Nas importações, que é aquilo que mais fazemos, temos beneficiado, e de que maneira, enquanto consumidores, com aquela valorização. E se é certo que os mercados não são perfeitos, e muitos importadores embolsam os efeitos da valorização, não repercutindo a redução dos preços de importação nos preços de venda dos produtos importados, a médio prazo esse efeito não pode deixar de se fazer sentir. Aliás, as estatísticas oficiais confirmam isso mesmo.
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Já quanto às exportações as consequências são, naturalmente inversas. E aí sim, a questão começa a ser muito preocupante. Por agora, o euro está a beneficiar do desequilíbrio da balança comercial dos EUA, nomeadamente com a China, mas a zona-euro corre sérios riscos de ver, mais tarde ou mais cedo, algumas das suas economias sufocadas. A menos que aprendam e sigam o caminho da Alemanha.
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A stronger Euro and concerns about excessive real appreciation and competitiveness loss in the Eurozone
Nouriel Roubini Jul 15, 2007 - http://www.rgemonitor.com/blog/roubini/205657/
Nouriel Roubini Jul 15, 2007 - http://www.rgemonitor.com/blog/roubini/205657/
Wolfgang Munchau correctly argues today in his FT column that a stronger Euro will soon start to be painful ("end up in tears") for Germany as the country significantly relies on net exports for its growth.
His argument is valid - at some point a stronger Euro will hurt German exports - but it is even more valid for other Eurozone countries such as Italy, Spain, Portugal, Greece - and even France - than it is for Germany.
While Germany will also eventually suffer from a stronger Euro it has the benefit of having experienced in the last few years a real depreciation as unit labor cost have been kept in check via low nominal wage growth and good productivity growth.
Instead, countries like Italy, Portugal, Greece, Spain face a triple whammy (
Second, their relative unit labor costs have been rising and their labor cost-based real exchange rate has significantly appreciated as their nominal wage growth has exceeded productivity growth.
Third, they are now facing a stronger euro that makes this competitiveness loss even more severe by the day.
At least Germany does not have to face the first two problems as structural reforms and wage moderation have increased its competitiveness. So Munchau is right about the pains of a stronger euro; but his argument holds much more strongly for the Club Med members of the EMU than for Germany.
Thus, one cannot rule out that some of the members of this Club Med may soon join Sarkozy in a call for managing the value of the euro (i.e. call for a weaker euro). Still, as Munchau correctly argues, economic fundamentals point towards further weakness of the US dollar relative to the euro. By the time the euro reaches 1.40 the EU politicians' verbal intervention to weaken the euro is likely to become louder...(See also RGE's coverage of "
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