Wednesday, July 25, 2007

QUEM ANDA A TRAMAR O CDS/PP?

Soube-se ontem que a Juventude Popular de Coimbra pede demissão da presidente da distrital do CDS/PP por esta "ter sido condenada a dois anos e meio de prisão, com pena suspensa por três anos, pelo crime de peculato quando desempenhava funções na Escola Secundária da Lousã". "Não podemos aceitar que toda a credibilidade do partido seja posta em causa por um acto isolado de um militante com responsabilidades políticas e sendo a figura que representa o partido no distrito.", refere o comunicado da JP. A decisão fundamenta-se no facto de o tribunal ter dado como provado que a presidente da distrital "se apropriou em proveito próprio de cerca de 15 mil euros relativos ao transporte de alunos" .
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Hoje, é notícia que o ex-Tesoureiro do CDS/PP está entre os onze acusados de tráfico de influências e falsificação de documentos, no caso Portucale, onde também se incluem três administradores do Grupo Espírito Santo e funcionários da Direcção-Geral das Florestas.
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Há dias, e na ressaca da derrota nas eleições para a Câmara de Lisboa, Paulo Portas indignava-se por 24 acusações (infundadas, segundo ele) que o partido estava a ser alvo. Entre elas, suspeitas de ligações espúrias, também ao GES, no caso da adjudicação de compra dos insondáveis submarinos.
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Que força moral pode arvorar ainda Paulo Portas no meio de tanta borrasca indecente? Pode invocar, como outros invocam, que arguido não significa acusado, que acusado não é a mesma coisa que considerado culpado, que considerado culpado só o é, em definitivo, após trânsito em julgado.
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Pois pode. Mas esse é o caminho do descrédito da política e da justiça que os cidadãos condenam em julgamentos populares de opinião. Um caminho tortuoso e demorado ao fim do qual, quem tem pernas longas, nunca é considerado culpado.
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Descrédito que, no caso da presidente da distrital de Coimbra, foi traficado por meia dúzia de patacos.

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