Thursday, July 26, 2007

CORTAR SIM, MAS AONDE?

Os críticos da política fiscal deste Governo reclamam (e com razão) que a contenção do défice está ser conseguida sobretudo do lado da receita, apresentando a despesa ainda crescimento sistemático, embora de forma mais moderada. Aquilo a que os mais propensos ao rigor matemático simbolizam em derivadas.
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Derivam, por outro lado, os partidários, mais propensos à guerrilha política, para a crítica destrutiva, sem propostas de alternativas.
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Escreve no Quarta República o Amigo Pinho Cardão que:
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1. a diminuição do défice não se deveu nada ao controle da despesa, mas ao aumento da receita. As receitas aumentaram 1,780 mil milhões de euros, a despesa corrente aumentou 870 milhões de euros, a diferença foi de 910 milhões de euros, precisamente igual ao valor da diminuição do défice, que foi de 923 milhões de euros.
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2. Em impostos, os cidadãos foram esportulados em mais 1.360 milhões de euros, um aumento de 8,6%.
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3. a despesa pública total não está a diminuir; pelo contrário, vem aumentando em termos nominais e reais. Aumentou 3,9% no 1º semestre deste ano. Um aumento real, já que a inflação foi menor.
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4. a agravar a situação, a despesa pública corrente está a aumentar a um ritmo superior, já que o acréscimo foi de 4,5%.
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5. o que significa que o governo, não tendo podido ou querido estancar a despesa corrente, diminuiu o investimento público.
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Interpelei-o: Se fosses o PM deste país o que é que farias para reduzir a despesa corrente?
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Respondeu-me: Se fosse...trata-se de uma impossibilidade absoluta!...Mas, se isso se verificasse, reduzia. Partindo do princípio que tinha que reduzir, porque esse era o bem maior, teria que achar onde reduzir. E reduzia.Reduzia e reduzia!...O problema é que os responsáveis procuram encontrar onde reduzir, para depois reduzirem. Claro que nunca hão-de encontrar. E assim nunca reduzem. Mal, claro!...
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Claro?

1 comment:

Pinho Cardão said...

Caro Rui:
Crítica destrutiva a minha? Como?
É ou não totalmente verdade o que disse? Dizer a verdade é fazer crítica construtiva.
Crítica destrutiva é crítica sem fundamento.
Um abraço