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Anteontem, 6 de novembro, quando foram conhecidos e reconhecidos os resultados das eleições do dia anterior, 5 de novembro, um manto de vergonha cobriu quem foi surpreendido pelos resultados conseguidos por um arruaceiro infame num país onde a expressão livre do pensamento perdura há duzentos anos.
Ontem, 7 de novembro, choveram trovoadas de explicações para o fenómeno político que, afinal, era, mais que esperado, era inevitável. Tão inevitável como as alterações climáticas sem culpa humana.
E o arruaceiro transfigurou-se em salvador de um mundo vicioso, depravado, que perdeu a alma.
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Obs. As fotos colocadas anteontem e hoje são, para mim, de autor desconhecido, razão porque não consigo identificar a sua origem.
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