Wednesday, September 11, 2013

FALTA DE ADERÊNCIA


"Tomei nota dessa posição que o líder do PS anunciou (admitindo votar contra o Orçamento de Estado para 2014) ... A única coisa que posso e devo fazer enquanto primeiro-ministro é apelar ao PS para que, independentemente de opções políticas que tenha ao nível das políticas públicas, não se alheie da realidade que estamos a viver e mostre aos portugueses que defende um caminho para futuro que tem"aderência à realidade". 

Não, não é a ´"única coisa" que o senhor PM pode fazer, se o seu objectivo não for de mero passe de ilusionismo partidário para entusiasmar os seus indefectíveis. Se o senhor Passos Coelho pretende mesmo o apoio ou, pelo menos, a abstenção do PS na votação do OE, e em outras questões críticas para o redimensionamento do Estado, deve negociar com o senhor Seguro e deixar-se de apelos que, obviamente, só convencem quem nasceu convencido à nascença. E que, obviamente, passam pelo caminho mais curto para a continuação da derrapagem nas relações entre os dois partidos que, por imperativos patrióticos deveriam parar de arremessar granadas demagógicas e, naquilo que é essencial à recuperação do país, entenderem-se.

A menos que o Governo prefira, mais numa vez, que as questões políticas controversas sejam enviadas ao Palácio Ratton para apreciação e julgamento, eventualmente deprovido de bom senso, medido pela bitola do senhor primeiro-ministro.

É certo que o senhor Seguro já afirmou, repetidamente, que não haverá qualquer acordo com o PSD antes de eleições. Mas o senhor Seguro sabe que existe um contrato que tem como primeiro subscritor o seu antecessor no cargo e antecessor no cargo do senhor Passos Coelho. Isso não ajuda nada à aproximação do senhor Seguro ao senhor Passos Coelho, porquê? Só por inabilidade ou habilidades a mais de ambos.

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