Wednesday, May 20, 2009

POR FALAR EM COMPETITIVIDADE







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Não conheço os critérios utilizados pelo IMD (vd. BOAS NOTÍCIAS ) porque não se encontram disponíveis na Internet. Quem quiser aceder ao relatório tem de o comprar.

Mas são conhecidos os critérios do Global Competitiveness Report do World Economic Forum, e estes, conforme pode constar-se na figura apontam como factores mais problemáticos para quem quiser estabelecer negócios em Portugal 1 - as restritivas leis do trabalho, 2 - a burocracia, 3 - as leis fiscais, 3 - a falta de formação adequada.

Os sindicatos continuarão a discordar da recorrente indicação das leis do trabalho como principal factor desmotivador do investimento em Portugal mas ela é, indiscutivelmente, referida em primeiro lugar por todos os relatórios que abordam as causas contrárias à competitividade no nosso país.

3 comments:

António said...

quem quiser estabelecer negócios em Portugal 1 - as restritivas leis do trabalho, 2 - a burocracia, 3 - as leis fiscais, 3 - a falta de formação adequada.
4 - As elevadas luvas a pagar local e centralmente.
5 - Não entender a renitência em deixar as bicas e os bagaços na hora do almoço.
6 - Também não entender a renitência em produzir em quatro dias aquilo que habitualmente os avós faziam em seis.
7 - Mesmo ganhando um terço do que ganha um alemão ou um francês, pensar que se é tão bom como eles.
8 - Ter, ao fim de três meses de trabalho, um carro igual ou melhor que o do patrão.
9 - Inventar, logo ao fim de uma semana, melhores formas de gestão que a da administração.
10 - Se não der como empregado, estabelece-se num ramo igual ao do patrão, contratar um sobrinho e a cunhada, comprar um BM ou Mercedes e passar a identificar-se como "empresário".Juntar a isto dois cartões gold.
11 - Passar a andar mais de noite, que de dia e depois falir, ficando a dever a toda a gente.
12 - Mandar bocas a culpar tudo e todos.

Isto tudo, assim mais ou menos, somando as reuniões com o pinho e o que comeu muita maizena, fazem um cócó tão mal-cheiroso que afasta todo o "investidor estrangeiro" com vontade de nos salvar.
Em contra-partida, salvamo-los a eles com chorudos bolos e benefícios.
Continuaremos saloiamente a "On parle français, a "English spoken" comendo coiratos e azeitonas, mas de magalhães.
O que já não é mau.
Porque trabalhar, ninguém quer.
Quer-se é cacau, trabalho, não!

Rui Fonseca said...

"Porque trabalhar, ninguém quer.
Quer-se é cacau, trabalho, não!"

Caro António,

Percebo a intenção mas a conclusão é claramente exagerada. A prova disso é que há muita gente que, sem trabalho, fica completamente desorientada, sem alternativas.
Mesmo que não lhe faltem recursos de subsistência ou até para uma vida flauteada.

A notícia de hoje acerca da ruptura das negociações na Autoeuropa é preocupante. Não apenas pela dimensão da empresa e da sua importância na nossa economia mas, sobretudo, porque repõe a questão desta crise com duas faces, para já. Aqueles que são despedidos porque o mercado assim o impõe (ou permite) e aqueles que não só têm o emprego garantido como receberam aumentos de salários.

Dá que pensar.

António said...

Boa tarde.
Não se preocupe muito com a Auto-Europa.
O ministro pinho mais o da papa maizena já estão a tratar de arranjar uma confusão igual à que arranjaram com a GM.
A essa, dos 200M de indemnizações pedidos, parece que receberam 18.
Nada mau, para semelhantes azelhas, para não lhes chamar pior. E ainda se gabam do feito!
A Quimonda também ia ser uma coisa bestial, com investidores a granel e também já foi.
Se as fábricas alemãs do grupo VW precisarem de se manter sem despedir, imagine quem vai para o outro prato da balança.
Coração ao alto, meu amigo.
Mas não há crise, o nosso sistema de emprego crie aos 15.000 de cada vez.
Nas contas falseadas, claro.